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As turmas do 4º ano do Colégio Dante Alighieri visitaram o Museu Lasar Segall, na Vila Mariana, em São Paulo, durante o mês de junho. No local, os estudantes conheceram um pouco da vida e da obra do artista, além de realizar uma atividade de leitura de imagem.
Segall (1891-1957) nasceu na Lituânia, mas viveu grande parte de sua vida no Brasil – a partir de 1923. O local que hoje abriga o museu foi durante muito tempo a casa do pintor, escultor e gravurista. Após a morte do artista, sua mulher, Jenny Klabin Segall, idealizou o museu, que foi criado pelos filhos Mauricio Segall e Oscar Klabin Segall, em 1967.
Estas informações foram passadas para os alunos logo na chegada, assim como algumas instruções a respeito dos procedimentos da visita. Em seguida, a professora responsável informou que no Museu Lasar Segall também funcionam uma biblioteca (com livros de arte e teatro), um mini auditório (para exibição de filmes e realização de palestras), um espaço para cursos artísticos e o ateliê de gravura. Além disso, explicou que Segall produziu mais de três mil obras, entre esculturas, gravuras e pinturas, sendo que 50 estavam expostas ali.
Os alunos foram levados, então, para ver duas esculturas colocadas logo na entrada do museu: “Três jovens” e “Emigrantes”. Diante das obras, a professora questionou o que os alunos pensavam e sentiam ao contemplá-las.
Em seguida, os alunos chegaram às salas que abrigam a exposição Segall Brasil 1913-2013 (1913 foi o ano da primeira mostra do artista no país). Lá, há uma parte reservada a 50 fotografias da vida do artista, e outra a 50 obras de seu acervo.
Leitura de imagem
Entre essas obras do acervo, uma mereceu atenção especial dos alunos: “Navio de Emigrantes” (1939-1941), quadro que já conheciam de uma apostila didática. “A ideia é que os alunos fizessem uma apreciação da obra, uma leitura da imagem vendo o quadro em tamanho e cores reais”, explicou Leila Dias Santos, uma das professoras que acompanharam a visita das turmas ao museu.
Na atividade, a professora realizava perguntas aos alunos a fim de fazê-los refletir a respeito da obra. “Vocês imaginavam, pelo que tinham visto no livro, que a obra era desse tamanho? Qual, vocês acham, foi a inspiração de Segall para pintar esse quadro?” Indagações como essas serviam de estímulo a uma série de observações e comentários.
Além dos questionamentos, a professora informou aos alunos que Segall fazia a moldura de seus quadros de acordo com o tema da obra. Também lhes mostrou os materiais utilizados pelo artista, que produzia suas próprias tintas, realizando experiências de mistura de cores.
A propósito, os quadros de Segall ganharam uma variedade enorme de cores a partir do momento em que ele passou a viver no Brasil – anteriormente, suas obras eram menos coloridas, retratando temas como, por exemplo, as dificuldades causas pelas guerras.
Os alunos também passaram rapidamente em frente ao ateliê de gravura. Por fim, os estudantes foram divididos em dois grupos. Um deles tinha que desenhar como seria o local de onde o navio (da obra “Navio de Emigrantes”) saiu; o outro devia fazer uma ilustração de como seria o local para onde o navio estava indo.
“Gostei de saber que o Segall misturava cores e fazia as próprias tintas. Também achei interessante ele fazer molduras de acordo com o quadro. E as esculturas dele também são bem criativas”, afirmou Felipe Gradin, do 4º ano C.
A professora Maria Beatriz Perotti, coordenadora do Departamento de Arte, afirmou que o objetivo da visita foi apresentar o conteúdo ensinado na sala de aula de forma concreta. “Essa visita é uma continuidade do que estamos fazendo dentro de sala. Os alunos viram o quadro no livro e agora o conheceram. Nossa intenção é fazer a cultura chegar mais perto dos alunos. Em cada série trabalhamos um tema de arte e procuramos mostrá-lo na prática, em determinada exposição, museu”, disse.
