Módulo de História aborda nazismo e Holocausto

Publicado em 4 de abril de 2013 às 15:05
Categorias: ,

Pouco mais de um mês após viajar até Israel e participar de um curso sobre o holocausto praticado pelos alemães na Segunda Guerra Mundial, o professor de Sociologia Edson Martins Júnior colocou seus conhecimentos em prática. No dia 26 de março, ele ministrou um módulo intitulado “Nazismo e Holocausto” para estudantes da 2ª série do Ensino Médio do Colégio Dante Alighieri.

O professor dividiu a atividade em três momentos: os judeus “antes”, “durante” e “depois” do holocausto. Para deixar o tema ainda mais claro, Edson Martins exibiu o documentário “Que tua lembrança seja amor – A História de Ovadia Baruch”. Vítima do holocausto, o grego judeu Obadia perdeu toda sua família e chegou a ser preso em um campo de concentração. Contudo, resistiu e ainda conquistou o amor da também prisioneira Aliza.

O módulo atendeu uma dinâmica segundo a qual, o professor Edson exibia trechos do documentário e, em seguida, tecia comentários e apresentava novas informações e explicações sobre o tema. Em determinado momento, ele afirmou que, depois de conversar com três sobreviventes do holocausto, duas características que ficaram evidentes foi a vontade de viver e o bom humor destas pessoas.

Após uma introdução sobre a situação dos judeus antes do holocausto e os motivos que levaram o regime alemão de Adolph Hitler a persegui-los, o professor Edson exibiu trechos do documentário que mostravam o desenrolar da perseguição, com os alemães aprisionando e levando os judeus para os campos de concentração, providência essa chamada de “a solução final” e perpetrada na época em que a Segunda Guerra Mundial entrava em sua fase derradeira.

O professor Edson destacou que, além do ódio dos alemães pelos judeus devido à religião destes, também havia uma visão economicista nos campos de concentração, já que os prisioneiros trabalhavam de graça para o povo germânico. “Pesquisas mostraram que os prisioneiros mais fortes e que mais trabalhavam – e, assim, mais produziam – foram os últimos a ser mortos”, explicou.

Nesta fase da “solução final”, havia quatro tipos de personagens: as vítimas, os perpetradores (no caso, os alemães que aprisionavam e assassinavam os judeus), os observadores passivos (aqueles que viam a situação ocorrer, mas nada faziam para modifica-la) e os “justos entre as nações” (indivíduos não-judeus que ajudaram os judeus, a exemplo de Oskar Schindler, personagem que gerou o famoso filme “A lista de Schindler”).

Uma observação feita pelo professor Edson foi a de que, no curso do qual ele participou em Israel, os palestrantes recomendaram que os alemães que cometeram as atrocidades na Segunda Guerra Mundial e causaram a morte de 6 milhões de judeus não fossem chamados de “monstros”. Isso porque esse termo passa a impressão de que os humanos não são capazes de cometer atos como o holocausto – quando, na verdade, foram, sim, capazes.

Judeus após o holocausto

Com a derrota dos alemães na Segunda Guerra Mundial, os judeus foram libertados, mas, mesmo assim, os problemas do povo semita não acabaram. “Ficou nos judeus uma incerteza: e agora? Como reconstruir nossa vida? Isso gerou muitas migrações dos judeus”, explicou o professor.

Desde o século XIX, o jornalista Theodor Herzl já dizia que os judeus necessitavam de um local próprio para viver. Contudo, foi somente em 1948, por intermédio da então recém-criada ONU, que surgiu o estado de Israel, estabelecido na Palestina, território que antes pertencia à Inglaterra.

Entretanto, o que parecia ser a solução dos problemas dos judeus deu início a uma nova causa de conflito: a disputa do território com os árabes da Palestina – conflito que se estende até hoje e que parece longe de uma solução. “A questão daquelas terras é essencial. Em Israel, em todos os lugares, o tempo todo, essa questão do território é discutida”, afirmou o professor Edson.

Outro ponto destacado pelo professor foi o perigo de se negar a existência do holocausto, como fez recentemente o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. “É impossível se negar a existência do holocausto. Há pessoas que estiveram lá, documentos, fotos”, disse.

Na última parte do módulo, foi exibido o final do documentário “Que tua lembrança seja amor – A História de Ovadia Baruch”, em que Ovadia, depois de tudo que sofreu, se casou com Aliza e formou uma família. “Para os judeus, conseguir formar uma família depois do holocausto era uma prova de sua vitória sobre os nazistas”, contou o professor Edson, abrindo espaço para as dúvidas dos alunos.

Uma das estudantes mais participativas do módulo foi Erika Faria Lima Fernandes da Silva, da 2ª série G. “O módulo conseguiu mostrar duas perspectivas. E foi legal ouvir pessoas que testemunharam o que aconteceu”, disse a estudante, que pretende cursar Sociologia ou Ciências Sociais.

,
Liceo Scientifico, opzione Scienze Applicate - Scuola Paritaria Italiana Cambridge - English Qualifications Mizzou - University of Missouri
error: Conteúdo protegido!!