PROJETOS

REAPROVEITAMENTO DO RESÍDUO INORG NICO DO CAMARÃO

Alunos(as): Letícia Silvestrim Feitoz
Prof.(a) Orientador(a): Carolina Lavini Ramos Morais
Prof.(a) Coorientador(a): Juliana de Carvalho Izidoro

Ano: 2023

Premiações

Resumo

O cultivo de crustáceos foi implementado no Brasil na década de 60. Desde então, a produção aumentou e atingiu o seu auge em 2002. Depois da despesca, o camarão passa pelo processo de beneficiamento, para que a comercialização tenha maior qualidade e higiene. Nele, o produto é classificado, limpo e embalado; geralmente são removidas a cabeça, o exoesqueleto e a porção posterior do animal. Esse resíduo pode chegar a equivaler de 40 a 52% do peso original do camarão. Com isso, são geradas quantidades expressivas de resíduo sólido. Além disso, o camarão também gera resíduos líquidos, obtidos na hora de ser limpo. Esses possuem grande capacidade para conter organismos nocivos, responsáveis por doenças. Sendo assim, esses resíduos líquidos devem passar por um tratamento biológico e químico antes de serem descartados. Os resíduos sólidos, por sua vez, podem ser direcionados para a compostagem, para a silagem, ou para incineração, desde que essa queima seja feita em um local seguro e adequado. Contudo, o mais comum é eles serem enterrados em locais inadequados ou jogados em mares e rios, já que o destino correto causa custos extras à produção. Essa ação prejudica o meio ambiente de maneira séria, sendo importante dar um outro destino a esse subproduto pesqueiro. Ademais, ele possui grande valor de reaproveitamento, tendo o potencial de gerar produtos que equivalem a cerca de 35 mil dólares por tonelada, em razão dos seus constituintes orgânicos, principalmente a quitina. Tendo em vista todas essas informações, o projeto visa dar utilidade ao resíduo sólido do camarão, utilizando sua matéria inorgânica para o tratamento de efluentes por meio da adsorção. A partir da análise da matéria calcinada, através do Espectrômetro de Fluorescência de Raios X, houve o conhecimento de quais minerais estão presentes no material, tal qual sua porcentagem. Percebeu-se a presença de minerais com características adsorventes, sendo eles óxido de alumínio e dióxido de silício, mas em quantidades menores que 0,6% cada um, o que refuta a hipótese de realizar adsorção a partir do resíduo inorgânico do camarão. Contudo existem outros óxidos, como óxido de cálcio e pentóxido de fósforo presentes na matéria inorgânica que possuem grandes utilidades (73% e 15% respectivamente) e podem ser utilizados nesse reaproveitamento.