HISTÓRIA

No primeiro ano de nossa coordenação do Departamento de Ciências, tornou-se claro que o objetivo do ensino de Ciências deveria ser maior do que a aprendizagem das respectivas leis, teorias e conceitos. De fato, seria necessário o desenvolvimento, no aluno, das habilidades constitutivas da cultura científica, oferecendo-lhe um ensino que o aproximasse da prática de investigação para que, assim, viesse a estruturar, com competência, o pensamento científico: o exercício do raciocínio, a elaboração de questões, o desenvolvimento de metodologias e de testes experimentais, a análise quantitativa e qualitativa dos dados, o reconhecimento de evidências, além da interpretação e argumentação científica dos resultados obtidos.

Com isso, as Feiras de Ciências de nosso Colégio começaram a refletir essas mudanças, passando de meras apresentações de maquetes — com a realização de experimentos que apenas confirmavam os resultados obtidos por outros cientistas — para a exibição de projetos que revelavam uma maior autonomia dos alunos em face da pesquisa e que lhes permitiam uma maior aproximação da cultura científica.

Como resultado, em 2006 a Feira de Ciências já envolvia o currículo de Ciências de forma planejada e produzia trabalhos amparados na discussão de dados ainda inéditos. Para tanto, fazia uso de metodologia adaptada à realidade dos alunos e dirigida não só para a análise e reprodução desses dados, mas para a discussão de sua validade e alcance.

Percebíamos que o uso de ferramentas da ciência como a matemática e a língua portuguesa permitiam a elaboração de conclusões sustentadas em dados empíricos e que alguns alunos iam além. Percebemos que alguns alunos poderiam produzir mais, refletir mais e que estavam muito motivados para que esse espaço pudesse ser utilizado.

Além de projetos com conteúdo mais específicos de Ciências, trabalhos relacionados a outros universos de linguagem, como a matemática e a língua portuguesa, também permitiam a elaboração de conclusões sustentadas em dados empíricos, indo, entretanto, além da constatação prática e avançando para resultados geradores de benefícios sociais. Constatou-se, dessa forma, uma surpreendente motivação dos alunos para produzir mais conhecimento e refletir, então, acerca da finalidade social da própria ciência. Tal motivação foi o que conduziu à criação do Cientista Aprendiz, um espaço reservado para o desenvolvimento de projetos por alunos identificados com um interesse natural pela área de ciências.

Inicialmente foram escolhidas para compor a equipe Suzana Ursi (professora doutora em botânica na USP) e Eliana Ermel (professora com grande experiência em sala de aula e especialização em educação). Outros profissionais foram depois convidados, como a professora Mara Cristina Pane. Com esses talentos, o desejo de fazer com que o ensino de Ciências no Colégio Dante Alighieri fosse de excelência já estava consolidado. A reforçar esse propósito, ao longo da série de leituras, reflexões e discussões com nossa equipe, uma ideia ficava muito clara: queríamos que o aluno, em lugar de apenas entender e memorizar as explicações científicas já consagradas, fosse também capaz de passar pelo processo de iniciação científica, investigando questões por meio de uma metodologia científica e sob a orientação de um professor.


Ex-alunos: Grandes Cientistas

No filme abaixo, uma mostra do que pensam os cientistas brasileiros, ex-alunos do Colégio Dante Alighieri, sobre o programa de pré-iniciação científica de nosso colégio e nossas mostras de Ciências.

Além disso, disponibilizamos alguns filmes de eventos anteriores em que os alunos apresentam seus projetos para a avaliação de pesquisadores e professores da área de ciências. Abaixo, você poderá conferir o II Simpósio do Programa Cientista Aprendiz, realizado em outubro de 2009.

Um dos projetos mais premiados do programa foi o “Consciência e Ação”, que propiciou até mesmo a produção de um vídeo. Clique abaixo para assisti-lo.