PROJETOS

O ESTIGMA DO MILHO - PADRONIZAÇÃO DA EXTRAÇÃO DE FLAVONOIDES DO “CABELINHO DO MILHO” E QUANTIFICAÇÃO DE SEUS FLAVONOIDES POR ESPECTROFOTOMETRIA

Alunos(as): : Adriano Tadashi Costa Doho
Prof.(a) Orientador(a): Fernando Campos De Domenico

Ano: 2023

Premiações

Resumo

O milho (Zea mays) é um dos produtos mais amplamente utilizados pela agroindústria brasileira, sendo, em grãos, o segundo alimento com maior valor agregado na economia agrícola nacional. Devido a isso, há uma geração indiscriminada de resíduos decorrentes de seu uso. Entre eles, está a estrutura de foco desse estudo: o estigma do milho, popularmente conhecido como “cabelinho” ou “barba” do milho. Descartar o estigma do milho é um grande desperdício, pelo fato de que seu extrato se destaca por apresentar alta concentração de flavonoides, os quais apresentam propriedades antioxidantes, anti-hipertensivas, anti-diabéticas, anti-inflamatórias e, inclusive, anticâncer. Tais benefícios podem ser utilizados em diferentes aplicações para múltiplos interesses nas diversas áreas da ciência de forma benéfica. Entretanto, dentro da comunidade científica, os trabalhos relacionados ao usufruto das propriedades do extrato do estigma do milho apresentam metodologias de extração díspares entre si, o que representa uma falta de otimização, na medida em que uma metodologia pode prover um rendimento e qualidade melhor do que outra. Tendo isso em mente, foi feita uma análise profunda em 30 projetos do “Google Acadêmico” acerca da produção de extrato de estigma para utilização das propriedades dos flavonoides. Nesta análise ficou ainda mais nítida a discrepância entre os diferentes estudos com relação às metodologias utilizadas, as quais variam principalmente em relação ao solvente utilizado, como água fervendo, metanol, etanol e acetato de etila; e variaram em relação à técnica de extração, como a utilização de Soxhlet e a extração assistida por ultrassom. Desse modo, o projeto testará diferentes metodologias visando concluir qual é a melhor, para padronizar um método de extração de estigma para contribuir no avanço dos estudos relacionados ao tópico, visto o seu grande potencial, além de dar um novo significado para esse produto que é muitas vezes descartado por ser considerado “lixo”. As metodologias que serão testadas neste projeto são: extração (1) com água fervendo, (2) com Soxhlet e etanol, (3) com acetato de etila e (4) com hidroálcool (etanol). Após a extração, serão feitas medições do pH e análises de aspectos visuais, objetivando a catalogação dos diferentes extratos. Além disso, será feita uma análise espectrofotométrica das amostras para calcular a quantidade de flavonoides presentes em cada uma delas. Acredita-se que, dentre todas as metodologias, a que se destacará será a com Soxhlet com etanol como solvente, dado que com esse método a amostra fica em constante contato com o solvente, promovendo assim uma melhor extração. Inclusive, trata-se de um método muito utilizado na extração de substâncias bioativas botânicas dentro da ciência. Após a realização dos procedimentos, foi constatado que a extração com Soxhlet foi a que teve melhor desempenho com relação à extração dos flavonoides, diferentemente da com acetato de etila, a qual não foi uma extração satisfatória, e as metodologias com solução hidroalcoólica e com água obtiveram sucesso, mas não tanto quanto a com Soxhlet, e nem tão pouco como a do acetato de etila.