PROJETOS

PRODUÇÃO DE BIOPLÁSTICO A PARTIR DE LIXO ORGÂNICO RESIDENCIAL: UMA ALTERNATIVA PARA PLÁSTICOS DE USO ÚNICO.

Área do projeto: Ciências exatas e da terra
Alunos(as): João Pedro Arruda Cavalli Rosa Marcacini
Prof.(a) Orientador(a): Naãma Cristina Negri Vaciloto

Ano: 2022

Premiações

Resumo

São muitos os avanços presenciados pela humanidade, não só relacionados aos equipamentos eletrônicos, mas também avanços que vieram, por exemplo, para aumentar a vida útil dos alimentos. Você sabia que poucas décadas atrás óleo, manteiga e leite eram vendidos a granel? Isso aumentava a chance de contaminação e diminuía sua validade. Com o passar dos anos, foram surgindo embalagens plásticas para acondicionar esses produtos, facilitando sua venda. Mas, como consequência disso e de outros fatores, veio o aumento da produção mundial de plástico. Em 1950, produzia-se por volta de 2 milhões de toneladas de plástico no mundo, enquanto em 2016 a produção chegou a cerca de 400 milhões de toneladas. Além disso, 40% dessa produção destina-se a produtos como sacolas, garrafas, embalagens e copos plásticos, que são utilizados apenas uma vez e então descartados, contribuindo para o aumento do lixo plástico na natureza, principalmente nos oceanos. Estima-se que o mundo produziu um total de 8,9 bilhões de toneladas de plásticos, das quais apenas 29% do total ainda estão em uso enquanto o restante já foi descartado. Da quantidade total descartada, 600 milhões de toneladas foram recicladas, 800 milhões sofreram incineração, e 4,9 bilhões estão acumuladas em aterros sanitários e na natureza, podendo levar centenas de anos para se decompor. Ao mesmo tempo que as embalagens plásticas vieram para facilitar o acondicionamento dos alimentos e aumentar sua durabilidade, trouxe com ela a produção descontrolada de plástico e um desperdício de alimentos, pois as pessoas deixaram de comprar apenas o necessário. Com isso, temos hoje 53% do lixo doméstico composto por restos de alimentos desperdiçados. Considerando tais informações, este projeto busca utilizar o lixo orgânico residencial para a obtenção de um filme plástico biodegradável. A metodologia consiste em duas etapas: I. desenvolver um método geral para a extração de amido dos alimentos que compõem o lixo orgânico doméstico; II. produzir o filme plástico com o amido extraído. Pautado em trabalhos da área foi possível extrair amido tanto de restos de arroz quanto de cascas de banana. Tais alimentos foram ponto de partida dos testes por serem predominantes nos lixo gerado no colégio no qual o trabalho é desenvolvido. Com o amido extraído foi possível obter um filme plástico com características e propriedades próximas ao esperado. Em etapas futuras pretende-se testar a metodologia de extração de amido com demais alimentos que comumente têm seus resíduos descartados e avaliar as propriedades do biofilme produzido.