PROJETOS

DIVERSIDADE OCULTA: LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE TARDÍGRADOS EM FRAGMENTO DA MATA ATLÂNTICA (PARQUE TRIANON, SÃO PAULO, SP)

Área do projeto: Ciências Biológicas
Alunos(as): Eduardo Bevilacqua Vieira
Prof.(a) Orientador(a): Fernando Campos De Domenico

Ano: 2022

Premiações

Resumo

Os tardígrados são um filo de invertebrados microscópicos que apareceram no Pré-Cambriano. Existem mais de 1.000 espécies desses animais, podendo ser terrestres ou aquáticas, e elas estão distribuídas de forma cosmopolita. Apesar de possuírem propriedades totalmente distintas em relação a outras formas de vida, como suportar frio e calor extremos de -270 ºC até 150 ºC, pressão de 7.500 Pa e doses de radiação 1.000 vezes maiores que os humanos toleram, fazendo com que sejam de extrema importância para estudos com biotecnologia e genética, há pouco estudo sobre eles no mundo e no Brasil. Assim, os cientistas imaginam que apenas uma ínfima fração do total de espécies de tardígrados são conhecidas, uma vez que existem pouquíssimos estudos sobre sua distribuição espaço-temporal nos mais variados biomas do planeta e sobre seu nicho ecológico. O objetivo do presente trabalho é fazer um estudo sobre a biodiversidade de tardígrados no Parque Trianon (São Paulo / SP), que é um fragmento de Mata Atlântica, e contribuir com o conhecimento da distribuição espacial e da biodiversidade de tardígrados nesse bioma, que está ameaçado de extinção. Para tanto, serão coletadas amostras de musgos e líquens do Parque Trianon utilizando uma espátula de metal e um béquer para armazenar o material. Posteriormente, será despejada água destilada nos musgos e se aguardará um período de uma hora. Após isso, um pouco de água destilada e musgos, que estavam no béquer, serão colocados em placas de Petri e se utilizará um estereomicroscópio para procurar os tardígrados. Para encontrá-los, o estereomicroscópio será utilizado no menor aumento e, assim que algo com o formato parecido com o de um tardígrado for encontrado, o aumento será ampliado até o máximo para verificar se o objeto é de fato um tardígrado. Em caso positivo, o indivíduo será extraído com uma micropipeta, adicionado a uma lâmina com lâminula e preservado com glicerina. Já em caso negativo, o aumento será reduzido e a busca pelos tardígrados continuará. Os tardígrados encontrados nos musgos serão identificados em morfoespécies com a ajuda do professor da Unicamp André Garrafoni e a riqueza de tardígrados observada será determinada a partir da quantidade de morfoespécies encontradas nas amostras. Usando o valor da riqueza observada, será estimada a riqueza provável e produzidas curvas de distribuição de espécies.