PROJETOS

PRODUÇÃO DE NANOPARTÍCULAS CORE-SHELL / MAGNETITA / HEMATITA PARA AÇÃO ANTIMICROBIANA

Área do projeto: Biológicas
Alunos(as): Luiza Ibner e Maya Nasser
Prof.(a) Orientador(a): Nilce de Angelo
Cientistas qualificada: Dra. Marissol Rodrigues Felez

Ano: 2022

Premiações

Resumo

As nanopartículas metálicas, principalmente as baseadas em óxidos de ferro (Fe), são excelentes candidatas à área de biomedicina. Elas apresentam propriedades físico-químicas controláveis, biodegradabilidade, biocompatibilidade, baixo custo e são fáceis de serem produzidas. Até o presente momento, a literatura científica não registrou a utilização do nanocompósito magnetita/hematita como um antimicrobiano, apesar da existência de trabalhos relatando a ação bactericida isolada das nanomagnetitas e das nanohematitas. Visando produzir uma nova aplicação, direcionada ao combate de doenças infecciosas, são propostas nanopartículas/core-shell/magnetita/hematita, pelo método de coprecipitação, para a desorganização estrutural de microrganismos infecciosos. O nanocompósito/magnetita/hematita irá agregar a capacidade de produção de espécies reativas de oxigênio, das magnetitas e hematitas, promovendo uma ação antimicrobiana da estrutura core-shell, ao mesmo tempo que associará as propriedades interessantes e valorosas de cada um dos nanomateriais isolados, como a biocompatibilidade e a biodegradabilidade, por exemplo. Espera-se que as espécies reativas de oxigênio, geradas a partir das nanopartículas core-shell, ao reagirem com a membrana celular das bactérias, promovam danos estruturais e inviabilizem sua ação. As nanoestruturas foram produzidas através do método de coprecipitação e caracterizadas por microscopia eletrônica de varredura ou MEV, e difração de raios X ou DRX, em laboratório da Universidade Federal do ABC (UFABC). Por fim, foram realizados testes de ação destrutiva das nanopartículas sobre microrganismos selecionados do gênero Lactobacillus. Após duas semanas foram observadas, ao microscópio óptico, bactérias em movimento, apenas em amostras contendo o meio de cultura sem a adição das nanopartículas. As amostras contendo o meio de cultura modificado pela adição das nanopartículas, continham muitos resíduos, o que sugere a morte das bactérias que lá foram inoculadas.