PROJETOS

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES TIPOS DE ADUBO NO TEOR FÉRRICO DA PERESKIA ACULEATA MILLER

Área do projeto: Ciências Biológicas
Alunos(as): Maria Minatel Melo de Cerqueira
Prof.(a) Orientador(a): Carolina Lavini Ramos Morais

Ano: 2022

Premiações

Resumo

A anemia pode ser classificada como uma diminuição na massa de eritrócitos e hemoglobinas no sangue. Entre um dos tipos, há a anemia ferropriva, que tem como causa a perda aumentada de sangue, ou uma maior demanda de ferro. Tal anemia tem precedências na deficiência de ferro, o qual se associa à hemoglobina, responsável pela oxigenação. Quando o corpo não consegue mais repor o ferro, e acarreta diminuição da síntese da hemoglobina, há diagnóstico desta anemia. Na natureza, entretanto, há dois tipos de ferro: o ferro heme e o não heme: o primeiro presente em alimentos de origem animal, têm maior absorção pelo corpo, e o segundo, com menor absorção, está presente em alimentos de origem vegetal. Todavia, 19 milhões de pessoas, atualmente, no Brasil passam fome; além disso, as carnes tiveram um aumento de 42% no preço, de 2020 até 2022. Dessa forma, plantas como PANCS, que tem grande riqueza cultural, culinária e nutricional, vem como uma possível alternativa nutricional. Entre elas há a Pereskia aculeata Miller, ou Ora- Pro- Nóbis, cuja farinha possui 20,56 mg de ferro em 100g. Dessa forma, estabelecemos a seguinte pergunta: Como aumentar as taxas de ferro em plantas de Pereskia aculeata Miller, com intuito de utilizá-la para tratamento de anemia ferropênica? Assim, estabelece-se que para aumentar o teor de ferro, cultivaremos a Pereskia aculeata Miller, utilizando como condições testes, dois adubos diferentes. Já se sabe que a presença de variáveis, como por exemplo, pH e tipos de compostos orgânicos, afetam a quantidade de ferro na planta e sua produtividade. Para iniciar testes, foram enviados para análise os dois tipos de adubo produzidos no colégio, o fertilizante da composteira acelerada (FCA) e o fertilizante do húmus de minhoca (FHM). Técnicas distintas foram utilizadas para analisar diferentes elementos dos compostos. Após análise, será realizado o cultivo das mudas, com a irrigação de 1,35L por dia, havendo 4 mudas para cada condição testada e uma para o controle. Após o cultivo, com a planta já desenvolvida, coletaremos as folhas, as lavaremos, as colocaremos em estufa 80°C por 48h, trituraremos e colocaremos a farinha em uma mufla a 550°C por 12h. Posteriormente usaremos a Espectrometria de Fluorescência de Raio-X, para quantificar o ferro. Até o momento temos resultados parciais sobre a composição dos compostos orgânicos. No FCA a maioria dos componentes estavam presentes em maior quantidade, como por exemplo o ferro, manganês, sódio, cálcio, fósforo e enxofre. Já a quantidade de matéria orgânica foi maior no FHM (89,9%) do que no FCA (63,18%). Até o presente momento as análises ainda estão em andamento e as próximas etapas estão sendo planejadas.