PROJETOS

REJEITO DA MINERAÇÃO DE ALUMÍNIO COMO FONTE DE SILÍCIO PARA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

Área do projeto: Ciências Agrárias
Alunos(as): Lara Hanssen de Camargo Barbosa e Pietra Setti Galante
Prof.(a) Orientador(a): Bianca Rocha Sales
Prof.(a) Coorientadora(a): Naãma Cristina Negri Vaciloto

Ano: 2021

Premiações

Resumo

A indústria de alumínio tem enorme importância econômica no Brasil e no mundo, visto que grande parte dos materiais utilizados no nosso dia a dia são feitos desse metal. No entanto, essa indústria gera grande quantidade de resíduos e pode causar impactos ambientais de proporções desastrosas, como o de Mariana. As mineradoras de alumínio, durante a realização do processo Bayer para a extração da alumina, também denominada de óxido de alumínio (Al2O3), a partir da bauxita, geram três resíduos: a lama vermelha, o resíduo do filtro-prensa e o produto da dessilicação, também chamado de DSP. O DSP é o objeto de interesse deste projeto, pois apresenta grande quantidade de dióxido de silício (SiO2). Sabendo que o silício é um elemento essencial para alguns vegetais, reciclá-lo a partir do DSP poderia contribuir para o aumento da vida útil da barragem. Frente ao exposto, emerge o problema do projeto: a geração e descarte do resíduo DSP em barragens de rejeito, tal resíduo que é produzido apenas na indústria CBA (Companhia Brasileira de Alumínio). A nossa proposta de solução é produzir um adubo a partir do silício extraído do DSP, e é baseada em referenciais que indicam ser possível o reaproveitamento de resíduos da mineração. Para a obtenção do adubo cumpriremos algumas etapas interdependentes. Primeiramente, devemos analisar a composição química do DSP e identificar a proporção e composição molecular do silício. A segunda etapa consiste em aumentar o teor de dióxido de silício (SiO2) no resíduo. Em seguida, teremos que solubilizar o SiO2 em ácido monossilícico (H4SiO4) e realizar a aplicação do mesmo em cultivares, para então avaliar o seu potencial como adubo. Por fim, deveremos avaliar a viabilidade econômica da produção do adubo e estimar os benefícios ambientais da reutilização deste resíduo da mineração. Neste trabalho apresentamos a metodologia da etapa em que estamos atualmente, que é o aumento do teor de silício no DSP. Já realizamos a fluorescência de raio x (FRX) para análise das substâncias do DSP, e identificamos que 33,2% do DSP é composto por SiO2. O DSP foi submetido à lixiviação com ácido clorídrico (HCl), variou-se a temperatura em 24 °C (amostra 1), 50 °C (amostra 2), 70 °C (amostra 3), 40 ºC (amostra 4), 45 ºC (amostra 5) e 50 ºC (amostra 6). As amostras foram submetidas à análise por FRX. A amostra 6 demonstrou o maior aumento da porcentagem de SiO2 (33,2% para 52,9%) em relação à massa total, conforme o esperado. Entretanto, há necessidade de repetir esse experimento com outras temperaturas para, posteriormente, solubilizar o SiO2 a fim de obter ácido monossilícico que será aplicado em plantas acumuladoras de silício.