PROJETOS

O câncer colorretal (CC) é um dos tipos de câncer mais recorrentes, e também um dos três tipos que mais mata. Os principais sintomas são sangue nas fezes, diarreia ou prisão de ventre, dor e desconforto abdominal, fraqueza, anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes, e aparecimento de massas abdominais. O CC origina-se com o crescimento de células no revestimento interno do cólon ou reto, os chamados pólipos, na camada mais interna e então, após se formar e crescer, invade outros tecidos, podendo crescer em torno de vasos sanguíneos ou vasos linfáticos, entrar na corrente sanguínea e migrar do cólon e reto para nódulos linfáticos ao redor ou para partes mais distantes do corpo. Pesquisas indicam que uma espécie de bactéria que compõe a microbiota intestinal (MI), a Bacteroides fragilis, está aumentada no CC. Além disso, o estresse oxidativo ajuda na formação desse tipo de câncer. A MI é a soma de todos os microrganismos que residem no intestino, composta principalmente de bactérias e um dos ecossistemas mais complexos que existem. Ela desempenha inúmeras funções no corpo humano, agindo como um “órgão vital” e, por isso mesmo, caso haja uma alteração na homeostase que leve à disbiose a saúde do indivíduo pode estar comprometida. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é compreender o papel da Bacteroides fragilis no câncer colorretal. Será feito um levantamento bibliográfico para coletar informações sobre o câncer e a bactéria em questão. Depois, com base nas informações disponíveis no National Center for Biotechnology Information, será feita a análise genômica da Bacteroides fragilis para avaliar se ela apresenta genes que participam do processo de antioxidação, como SOD2 que codifica a enzima superóxido dismutase, e por fim, será feita a análise dos dados obtidos, analisando se a bactéria ajuda a promover um ambiente pró-oxidativo, ou se ela atua com uma função protetora a partir da produção de antioxidantes.