PROJETOS

ATIVIDADE FÍSICA COMO TRATAMENTO COADJUVANTE PARA REDUZIR OS NÍVEIS DE ESTRESSE EM ADOLESCENTES DEPRESSIVOS

Área do projeto: Ciências Humanas
Alunos(as): Manuela Benevides Padula e Lúcia Siqueira de Faria
Prof.(a) Orientador(a): Emília Longhi
Prof.(a) Orientador(a): Telma Pantano

Ano: 2021

Premiações

Resumo

Atualmente, a saúde mental é considerada pela OMS como uma prioridade e a compreensão desse conceito vai muito além das doenças psicossomáticas. Considerar o bem-estar do indivíduo envolve aspectos cognitivos, físicos, emocionais e sociais. Frente a essas considerações o estresse físico e mental prejudica a vida de muitas pessoas ao redor do mundo inteiro e é considerado um ponto importante que impede a aquisição e a saúde mental como um todo. Sintomas como alterações físicas, comportamentais, cognitivas e emocionais caracterizam as principais alterações relacionadas à saúde mental e podem resultar em diversas patologias como, por exemplo, o estresse e a depressão. O estresse, quando determinado limite é ultrapassado, pode trazer muitos danos e consequências negativas aos indivíduos, tais como consequências físicas, cognitivas, psicológicas e sociais, por exemplo gripes frequentes, dores de cabeça, dificuldade de aprendizado e concentração, problemas na qualidade do sono e dificuldades de relacionamento (FERREIRA, 2009; TRICOLI, 2010). Já a depressão atinge todas as idades, sobretudo aquelas nas quais ocorrem grandes transformações, como a adolescência (VARELLA, 2016). Paralelamente a isso, atualmente já é consenso que a prática de atividades físicas, além de possuir benefícios físicos, possui benefícios psicológicos que se refletem no comportamento, tais como menor ocorrência de sintomas de depressão e ansiedade, melhora no humor e no controle do estresse, elevação da autoconfiança, entre outros (LANDERS, 1999; DIMEO et al., 2001; FUKUKAWA et al., 2004; MARTIN et al., 2009). Pensando nisso, este trabalho visa compreender se a prática de atividade física contribuiu para a redução dos níveis de estresse e para a melhora emocional e cognitiva de adolescentes brasileiros, de 14 a 18 anos, diagnosticados com depressão leve à moderada. Para isso, a metodologia se divide em 5 partes. Na primeira delas, um questionário será aplicado para profissionais da área de saúde mental, com perguntas sobre o conhecimento desses profissionais a respeito da prática da atividade física utilizada como recurso coadjuvante para os tratamentos padrões de estresse e depressão. Na segunda parte, será utilizada a escala ESA (Escala de Stress para Adolescentes) para verificar os níveis de estresse de cada paciente, que podem ser classificados como: fase de alerta, de resistência, quase exaustão e exaustão. Na terceira parte, questionários semanais voltados para os adolescentes serão aplicados, para investigar como é a prática de atividade física no cotidiano deles. A quarta parte corresponde a uma nova aplicação da escala ESA, para verificarmos qual será o novo número de adolescentes em cada um dos níveis de estresse. Já na quinta parte, com base nos dados obtidos, realizaremos uma análise para verificar possíveis mudanças nos sintomas que caracterizam o estresse e a depressão na população adolescente em função da prática de atividades físicas.