PROJETOS

MICROPLÁSTICOS NO SOLO: UMA AMEAÇA MICROSCÓPICA COM IMPACTO MACROSCÓPICO

Área do projeto: Ciências Agrárias
Alunos(as): João Miguel Grossman Sastre
Prof.(a) Orientador(a): Nilce de Angelo
Cientista Qualificada: Profa. Dra. Marissol Rodrigues Felez

Ano: 2021

Premiações

Resumo

Atualmente, o plástico pode ser encontrado em ecossistemas terrestres, marinhos e de água doce em todo o mundo. As vantagens desse material, como a facilidade de fabricação, leveza, durabilidade, baixo custo e hidrofobia, em contrapartida, também, contribuem para os danos ambientais. Ao chegar no meio ambiente, a durabilidade do plástico permite que ele persista por centenas de anos, além disso ele é facilmente transportado por correntes marinhas e de ar, possibilitando ser encontrado nos mais variados ecossistemas da Terra. Os microplásticos, que são plásticos com tamanho inferior a 5 mm, já foram, também, encontrados em campos agrícolas, em águas pluviais oriundas de centros urbanos, lagos, rios, costas e cânions marinhos, recife de corais e até no gelo do ártico, entre tantos outros lugares. No momento, as concentrações de micro/nanoplásticos, no meio ambiente, ainda são baixas para afetarem a saúde humana em larga escala, embora estime-se que o ser humano já esteja ingerindo e inalando, por ano, uma quantidade de microplásticos próxima à massa de um cartão de crédito. Com poucos artigos científicos, na literatura, sobre a ação de microplásticos no solo, esta pesquisa tem o objetivo de identificar uma porcentagem de microplásticos em relação à quantidade de substrato utilizado para plantio do manjericão, Ocimum basilicum, capaz de impactar o seu crescimento e desenvolvimento. Para tal, após a germinação da planta, em sementeiras, os brotos resultantes formarão o grupo de controle e os grupos experimentais. Tanto o grupo de controle quanto o grupo experimental, serão plantados em vasos de cerâmica preenchidos com quantidades idênticas de substratos. Os grupos experimentais receberão os microplásticos. A partir de então, serão realizadas, em intervalos regulares de tempo, medidas de controle de crescimento como altura do ramo principal, número de folhas, área foliar e quantificação do número de ramos. As quantidades de água destinadas à rega, de luminosidade e de nutrientes do solo serão controladas e aplicadas ao grupo de controle e reproduzidas para os grupos experimentais. Os dados coletados serão analisados por métodos estatísticos.