PROJETOS

DIGERINDO A OVOALBUMINA - PRODUÇÃO DE PROTEASES CAPAZES DE DEGRADAR A OVOALBUMINA UTILIZANDO BACTÉRIAS E. coli GENETICAMENTE MODIFICADAS

Área do projeto: Ciências biológicas
Alunos(as): Maurício Rissin Borenstein
Prof.(a) Orientador(a): Fernando Campos De Domenico

Ano: 2021

Premiações

Resumo

O termo alergia se refere, de acordo com Janeway (2000), “à doença seguindo uma resposta do sistema imune a um antígeno, sob outros aspectos, inócuo”. As alergias acontecem quando entramos em contato com alguma substância estranha ao nosso organismo. Essa substância, reconhecida como uma ameaça por nosso corpo, é denominada de antígeno. Esse antígeno entra em nosso organismo provavelmente por ter sido ingerido em algum alimento derivado, ou até após tomar uma vacina que foi feita no antígeno como por exemplo o ovo de galinha, após ingerir o antígeno, ele será levado a corrente sanguínea onde será detectado por um tipo de célula chamada macrofago, esse que o antígeno e se diferenciará em uma célula dendrítica, após isso essa célula passará as informações coletadas para outra célula chamada Linfócito T que por sua vez passará essas informações para o Linfócito B que vai produzir um anticorpo chamado Imunoglobulina E (IgE), esse anticorpo vai se ligar ao antígeno como forma de alertar outras células de que aquilo é uma ameaça, o IgE eventualmente vai se encontrar com uma célula chamada mastócito que com a ajuda de um receptor FcƐRI lerá a mensagem do IgE e começará a produzir histamina, um hormônio vasodilatador na tentativa de expulsar o antígeno do nosso corpo, o que justifica os sintomas alérgicos que temos. Os principais antígenos são encontrados no leite, nozes e ovos, sendo que cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo são alérgicas a antígenos diferentes, entre eles os ovos de galinha que representa a 2a maior causa de alergia no mundo, 210 milhões de pessoas no mundo tem algum grau de alergia a ovos, isso refere-se a 3% da população mundial, que equivale a população do Brasil, no meu projeto eu vou focar no antígeno chamado ovoalbumina, proteína em maior quantidade do ovo, compõe cerca de 55% da clara. As pessoas que sofrem de alergia a ovos tem muitas limitações alimentares, mas o principal problema que elas sofrem é não ter acesso a algumas das vacinas essenciais recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), isso porque muitas delas são produzidas em ovos de galinhas com o objetivo de proliferar e atenuar o vírus, como por exemplo a vacina da febre amarela que é produzida através dessa técnica, e mesmo após o processo de purificação, ainda sobram alguns resquícios desses antígenos na vacina como por exemplo a ovoalbumina, o que faz com que essas pessoas alérgicas não possam usufruir dessas vacinas, portanto não podendo se proteger de diferentes doenças. As vacinas têm uma grande importância, isso porque elas são o principal meio de profilaxia de doenças desde 1796 quando foram inventadas para combater o vírus da varíola, isso se deve a sua alta eficácia no combate às diferentes doenças, que foi comprovada diversas vezes incluindo contra o Sars-Cov-2, mais conhecido como covid 19, que vem infectando várias pessoas durante a pandemia de 2020. Dito tudo isso me questionei: como melhorar a qualidade de vida de pessoas alérgicas à ovoalbumina, possibilitando que elas tenham acesso a todas as vacinas essenciais, mesmo aquelas produzidas por meio de técnicas nas quais são utilizadas o ovo? Minha hipótese é que acho que seria possível utilizar diferentes proteases para degradar a ovoalbumina a ponto de ela não ser mais reconhecida pelo macrofago como um antigeno, para isso utilizarei bactérias Escherichia coli e a técnica chamada biobricks para produção dessas proteases. Para testar minha hipótese devo primeiramente separar a metodologia em 2 partes já que preciso terminar a 1a fase para realizar a 2a fase, a 1a fase consiste em estabelecer um protocolo de quais proteases usar para degradação da ovoalbumina, para isso eu pegaria enzimas emprestadas de laboratório, já que elas serviriam apenas para estabelecer o protocolo anteriormente citado, após estabelecer esse protocolo, eu iria para a 2a fase onde eu iria produzir essas proteases do protocolo usando bactérias Escherichia coli, através da técnica citada anteriormente na minha hipótese a chamada biobricks, essa técnica consiste em pegar um gene de produção de uma substância e aplicar esse em uma bactéria que va aderir esse gene em seu DNA e ela vai começar a produzir a substância do gene em seu organismo.