PROJETOS

IMPEDINDO A DESTRUIÇÃO DE CÉLULAS BETA PANCREÁTICAS

Área do projeto: Ciências da saúde
Alunos(as): Ana Beatriz Formicola
Prof.(a) Orientador(a): Carolina Lavini Ramos Morais

Ano: 2021

Premiações

Resumo

As doenças autoimunes são causadas por uma resposta inadequada do sistema imune, que passa a reagir contra órgãos, tecidos ou células do próprio corpo, levando à sua destruição ou prejudicando sua função adequada, como acontece no diabetes do tipo 1. Nesses casos, nem sempre o antígeno alvo é conhecido, e o processo pode ser mediado por linfócitos T e/ou B. No diabetes, é o linfócito B que destrói as células produtoras de insulina, desencadeando a doença. Várias drogas imunossupressoras têm sido testadas para o controle da progressão de doenças autoimunes; dentre elas a ciclofosfamida, que tem principal ação sobre linfócitos B e a ciclosporina A; e a azatioprina sobre linfócitos T. Contudo, tais drogas necessitam de administração contínua e o uso das mesmas leva a um risco aumentado de infecções oportunistas e aparecimento de tumores. Com isso em mente pensamos na seguinte questão problema: Como podemos impedir que as células beta-pancreáticas sejam reconhecidas e destruídas pelo processo de autoimunidade, assim evitando futuros problemas com a produção de insulina? Assim chegamos à hipótese de usar a tolerância oral; tolerância neste caso é a ausência de resposta imunológica agressiva a um antígeno específico. Em modelos experimentais de doenças autoimunes, tem sido possível a regeneração da tolerância, ou seja, bloqueio da doença autoimune, por meio da administração oral de antígenos contra os quais a resposta imunológica ocorre. Nossa hipótese é que poderíamos usar a tolerância oral como método de tratamento para impedir que as células beta-pancreáticas sejam destruídas. Escolheremos um ou mais antígenos possíveis para serem usados nesse processo; utilizaremos a Lemna minor, uma planta aquática, à qual o antígeno será inserido por meio de uma alteração genética. Assim que tivermos sucesso nessa etapa, passaremos então para a fase de experimentação in vivo, em que um ser vivo selecionado (como um rato ou camundongo) deverá ingerir esse alimento todos os dias por um determinado período, e depois avaliaremos os resultados dos testes. No futuro, gostaríamos de estender nossos estudos para um teste clínico, uma etapa de experimentação com voluntários.