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ANÁLISE DOS EFEITOS TARDIOS NA MUCOSA GÁSTRICA DE RATOS SUBMETIDOS AO DESMAME PRECOCE A PARTIR DA EXPRESSÃO GÊNICA

Área do projeto: Biologia
Alunos(as): Letícia Guimarães Gomes
Prof.(a) Orientador(a): Camila Lauand Rizzo
Cientista qualificado: Prof. Dra. Patrícia Gama

Ano: 2021

Premiações

Resumo

O desmame precoce (DP) representa a retirada antecipada do leite materno antes dos seis primeiros meses de vida do bebê. O DP provoca alterações no desenvolvimento, como a atenuação do contato mãe e filho, que muitas vezes pode levar a problemas nas características sociais da criança. A amamentação sacia a vontade de “sucção” do bebê, e na sua falta, o bebê procura por substitutos (chupeta ou dedo) que podem atrapalhar a formação da dentição. O DP também altera o desenvolvimento de ossos e músculos da boca. O desenvolvimento do estômago está diretamente relacionado ao aleitamento materno, sendo que o DP provoca uma série de alterações em sua mucosa, induzindo mudanças no número de células do epitélio gástrico. O presente estudo pretende investigar se o DP pode induzir modificações genotípicas e fenotípicas na mucosa gástrica que se mantenham até a vida adulta. Considerando que o DP também promove a alteração da expressão de genes na mucosa gástrica durante o crescimento e vida adulta, acreditamos que essas modificações possam ser identificadas no fenótipo das células e possam ser reguladas epigeneticamente. Para testarmos nossa hipótese, utilizamos ratos Wistar aos 60 e 120 dias divididos em dois grupos: ratos que mamaram normalmente e ratos desmamados precocemente (aos 15 dias de vida). Foram realizadas reações histoquímicas de PAS-AB e lectina GSII em cortes histológicos de estômagos dos ratos, que evidenciam a mucina 6, glicoproteína produzida pelas células mucosas do colo (CMC). A lectina GSII evidencia, além das CMC, os precursores das células zimogênicas na base glandular. As CMC foram identificadas e quantificadas nos animais amamentados e em DP. Observamos que não houve diferença entre o número de CMC na mucosa gástrica entre os diferentes tratamentos nas idades de 60 e 120 dias. Quando comparados os tratamentos entre as idades de 60 e 120 dias, também não houve diferença estatística. Nossos resultados sugerem que o DP não influenciou na distribuição de CMC (arranjo fenotípico) de indivíduos adultos de 60 e 120 dias.