PROJETOS

BUSCA POR COMPOSTOS NATURAIS, PRODUZIDOS POR BACTÉRIAS MARINHAS EM ILHAS DE SÃO SEBASTIÃO E UBATUBA, PARA AVALIAR POSSÍVEIS EFEITOS EM CÉLULAS DO CÂNCER DE MAMA

Área do projeto: Ciências da Saúde
Alunos(as): Beatriz Cannatá
Prof.(a) Orientador(a): Camila Lauand Rizzo
Cientistas qualificados: Dra. Paula Teixeira Rezende e Prof. Dra. Letícia Lotufo

Ano: 2021

Premiações

Resumo

Câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, desobedecendo os limites normais da divisão celular. Os tumores malignos estão entre as principais causas de morte no mundo, sendo o câncer de mama o tipo que mais atinge as mulheres no Brasil. O tratamento mais comum para o câncer é a quimioterapia, porém, esse tratamento pode ter efeitos colaterais severos e muitos pacientes desenvolvem resistência aos fármacos. A maioria das substâncias usadas no tratamento do câncer tiveram sua origem nos produtos naturais. Atualmente existe grande interesse em produtos naturais para serem aplicados no câncer, buscando sempre uma melhora significativa do tratamento. Há estudos com compostos naturais extraídos de plantas, fungos, bactérias e organismos marinhos que mostraram atividade antitumoral, inclusive contra o câncer de mama. O Brasil possui o segundo maior litoral do mundo. Se levarmos em consideração o potencial biotecnológico da diversidade marinha brasileira, a quantidade de trabalhos com as espécies que vivem nas ilhas oceânicas é muito pequena. O presente projeto tem como objetivo buscar novas substâncias em extratos de bactérias marinhas coletadas na costa brasileira e nas ilhas oceânicas que tenham atividade citotóxica em células de câncer de mama. Acreditamos que poderíamos encontrar substâncias naturais com atividade antitumoral produzidas por bactérias marinhas, já que várias pesquisas mostram que moléculas marinhas, como por exemplo a seriniquinona produzida pela bactéria Serinicoccus sp, possuem potente atividade antitumoral. Para testar a hipótese foram coletadas amostras de sedimento marinho retirados a partir de ARMS (Estruturas Autônomas de Monitoramento de Recife). As amostras foram processadas e plaqueadas em diferentes meios de cultura (SWA, A1 e TM). Observamos o crescimento de colônias após 48 horas do plaqueamento no meio A1. Essas placas foram mantidas em temperatura ambiente e após 11 dias do plaqueamento foram detectadas mais colônias. Algumas bactérias foram selecionadas do meio A1 e repicadas em novas placas. A partir disso será realizada uma seleção das bactérias para cultivo em larga escala e posterior extração de substâncias produzidas por elas. Iremos testar os extratos obtidos em células tumorais de mama para avaliar seus possíveis efeitos. Dado que observamos a presença de colônias de bactérias após 11 dias, concluímos que o método utilizado foi eficiente para cultivar as bactérias marinhas e dar seguimento ao projeto.