PROJETOS

Na discussão sobre saúde mental, os aspectos bioquímicos são fundamentais para a compreensão do tema e muitas pesquisas se debruçam nisso, porém os aspectos socioculturais são também importantes mas muito menos pesquisados dentro deste tema. Em sua Ted Talk, o escritor e jornalista Johann Hari fala sobre isso. Além da abordagem sociocultural da saúde mental, Hari fala sobre a importância dos laços humanos e de fazer parte de um grupo, uma sociedade. Um estudo feito no final da década de 1970, conhecido como Parque dos Ratos, mostrou que os ratos isolados em gaiolas eram mais prováveis de viciar em drogas do que ratos vivendo em conjunto no “Parque dos Ratos”, um ambiente aberto criado pelos cientistas com plataformas, latas, rodas e lascas de madeira. Isso nos faz imaginar como em humanos, na nossa sociedade atual, a mais isolada da história da humanidade, como estamos nos afastando cada vez mais uns dos outros e a importância de nossos laços sociais. O senso comum relaciona a depressão com a solidão de maneira simplista. Primeiro precisamos retomar a definição do Transtorno Depressivo Maior (mais conhecido como depressão). É uma doença psicológica, caracterizada por episódios depressivos, com duração aproximada de duas semanas, que tem como sintomas em crianças e adolescentes: aumento ou diminuição do apetite, diminuição do ganho de peso, insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, perda de energia ou fadiga, baixa auto-estima, perda de interesse por atividades de modo geral, sentimento de inutilidade e/ou culpa, dificuldade de concentração, pensamentos recorrentes de morte/suicidas ou tentativa de suicídio. Indicadores gerais da depressão em crianças ou adolescentes podem ser disforia, isolamento, tristeza ou até queda do rendimento escolar. Este projeto pretende saber Como o estudo dos aspectos socioculturais em torno do transtorno de risco de solidão pode contribuir para indicar possíveis fatores de proteção para a saúde mental de adolescentes.