PROJETOS

ENSAIOS FUNCIONAIS COM LINHAGENS DE MELANOMA RESISTENTES AO VEMURAFENIBE SUBMETIDAS AO TRATAMENTO COM COMPLEXOS DE COBRE II MONO E DINUCLEARES

Aluno(a): Giullia Jutglar Fagundes
Prof.(a) Orientador(a): Camila Lauand Rizzo
Cientista Qualificada: Silvya Stuchi Maria-Engler
Professora Coorientadora: Sandra M. Rudella Tonidandel

Ano: 2020

Premiações

Resumo

Os diferentes tipos de câncer têm em comum o crescimento desordenado de células que tendem a agir agressivamente e a se multiplicar de maneira descontrolada. Essas células podem vir a invadir outros órgãos, processo denominada metástase, podendo formar tumores malignos (tumores secundários) longe de seu tumor de origem. O diagnóstico de metástases ainda é muito precário, pois é difícil de localizar quando o tumor secundário ainda é muito pequeno, sendo responsável por 90% das mortes por câncer. Melanoma é um tipo de câncer de pele que representa 3% das neoplasias malignas da pele e é o mais agressivo, tendo a maior possibilidade de metástases. Quando esse tipo de câncer é detectado precocemente a chance de cura é de 99% com excisão cirúrgica, com a doença mais avançada e disseminada, a chance erradicação da doença cai para 15% e, implica em geral, 1 ano de sobrevida do paciente. A principal via de sinalização das células tumorais do melanoma que apresenta alterações é a MAPK e 50% possuem mutação em BRAF. BRAF é uma enzima que fosforila os aminoácidos serina e treonina levando à proliferação e crescimento celular. O vemurafenibe é um quimioterápico que se liga à BRAF, inibindo a fosforilação da via MAPK. Os inibidores de BRAF como o vemurafenibe revolucionaram o tratamento do melanoma metastático, mas a resistência ao quimioterápico leva à falha da terapia. Neste contexto, a descoberta de novos compostos com atividade anticâncer é necessária. Metalodrogas são agentes anticâncer promissores com potencial de eliminar células resistentes. A questão problema do presente projeto é: Como podemos eliminar as células de melanoma quimiorresistentes ao vemurafenibe? Acreditamos que as metalodrogas, complexos de cobre II mono ou dinucleares, serão capazes de eliminar células resistentes ao vemurafenibe, já que foi verificado que o cobre II mononuclear e dinuclear induziram apoptose em células de melanoma não resistentes a vemurafenibe e que metalodrogas tem ação antitumoral. As células SK-MEL-28 (resistente ao vemurafenibe) e WM164 (não resistente ao vemurafenibe) serão cultivadas para a realização dos seguintes experimentos: curvas de crescimento e morte, ensaio clonogênico e ensaio de citotoxicidade. As linhagens serão tratadas com vemurafenibe e com os complexos de cobre II dinucleares. Observamos que as células SK-MEL-28 tratadas com vemurafenibe nas concentrações 1 µM e 6 µM proliferaram menos que as células do grupo controle. Porém detectamos células quimiorresistentes. Os próximos passos serão realizar os outros experimentos com vemurafenibe e verificar o efeito dos complexos de cobre II mono e dinucleares nas células de melanoma quimiorresistentes.