PROJETOS

O câncer é uma doença resultante da ocorrência de mutações no DNA das células. Pode ser classificado como tumores benignos ou malignos. Os tumores malignos são formados pelo crescimento desordenado de células que têm a capacidade de migração e invasão, podendo atingir a corrente sanguínea. Essas células podem invadir tecidos e órgãos vizinhos, característica específica das células cancerosas. Em 2018, segundo a OMS os dois tipos de câncer mais comuns eram o de mama e de pulmão, com cerca de 1,09 milhões de casos, e o câncer com maior incidência de morte foi o de pulmão com aproximadamente 1,76 milhões de mortes. O fígado é a maior glândula do corpo humano, é uma glândula mista e tem funções como degradar hemácias envelhecidas, secretar a bile e sintetizar a ureia. O câncer de fígado pode ser primário ou metastático. O tipo mais comum de câncer de fígado é o hepatocarcinoma, cobrindo cerca de 80% dos casos. Assim que o câncer é detectado, é feito um teste para definir o estágio do tumor e, em seguida, é analisado o melhor método de tratamento a ser seguido, como cirurgia ou quimioterapia. Há muitos estudos com o objetivo em buscar novos compostos para serem utilizados no tratamento de diversos tipos de câncer. Um deles indica que a silibina, um flavonóide extraído da planta Silybum marianum, foi utilizada para prevenir e tratar diversos tipos de câncer como por exemplo, melanoma, câncer de pulmão, câncer de próstata e câncer de mama. Seus mecanismos antitumorais envolvem a indução de apoptose e/ou a parada do ciclo celular. Um estudo mostrou que as células de câncer de fígado (HepG2) tratadas com sorafenibe e silibina tiveram parada do ciclo celular em fase G1 e indução de apoptose. A questão problema do presente projeto é investigar qual é o efeito da silibina em células de câncer de fígado (HepG2) cultivadas em um modelo tridimensional. Acreditamos que silibina poderá ter maior efeito antitumoral ao ser testada em células de câncer de fígado cultivadas em um modelo tridimensional, já que essa forma de cultivo propicia o aumento da superfície de contato entre as células e é o cultivo que mais se aproxima do observado in vivo.