PROJETOS

PERCEPÇÃO DO ENVELHECIMENTO POR PROFISSIONAIS DE DIFERENTES NICHOS: UM OLHAR PARA O AUTOCUIDADO

Aluno(a): Sofia Ariana Brankovic Parenti
Prof.(a) Orientador(a): Bianca Rocha Sales
Professora Coorientadora: Sandra M. Rudella Tonidandel

Ano: 2020

Premiações

Resumo

O envelhecimento populacional é um processo universal, além de representar um fenômeno inevitável e complexo. Divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2002, uma pesquisa mostrou que em média uma a cada dez pessoas no mundo são idosas. A previsão é de um movimento crescente em direção ao aumento do número de idosos, um idoso a cada cinco indivíduos em 2050, e um a cada três em 2150. Essa mudança representa uma transição demográfica na pirâmide etária mundial. Esse novo nicho massivo de idosos representa um mercado de consumo em potencial, ocupado hoje pela indústria de cosméticos anti-idade que explora a fragilidade imposta pela ação midiática sobre o envelhecimento. Ainda com a influência da mídia, estudos científicos visam, atualmente, coligar a qualidade de vida com o envelhecimento. Dentro do conceito qualidade de vida o principal elemento é o estilo de vida, o mesmo é garantido pela produção social de um indivíduo. Visto isso, o trabalho toma uma grande proporção do cotidiano das pessoas na fase adulta, o trabalho não só influencia a rotina como a forma de pensar e difere o contexto social de grupos nas sociedades. Nesse contexto, emerge o objetivo desta pesquisa que visa investigar a percepção entre cuidadores de pessoas demenciadas, operadores de máquinas e professores perante ao envelhecimento. A hipótese adotada é que haverá diferença quanto a percepção sobre o envelhecimento entre os diferente grupos analisados. Esperamos que os indivíduos cuidadores de pessoas com demência tenham uma visão mais trágica sobre o envelhecimento e por isso, busquem auxílio médico sempre que notam alguma anormalidade comportamental. Já para o grupo dos professores, por dependerem diariamente da memória, acreditamos que também buscarão prontamente apoio de profissionais da saúde. Para os operários de máquinas, acreditamos que por realizarem um trabalho repetitivo e monótono não se atentarão aos sinais clássicos, porém sutis do envelhecimento, buscando auxílio apenas quando os sinais forem expressivos e por vezes, irreversíveis. Para testar essa hipótese estes grupos responderão a um questionário qual possui o objetivo de descobrir se há uma correlação entre a percepção sobre o envelhecimento por diferentes ofícios, e se a percepção moldará futuros comportamentos frente ao processo de envelhecer.