PROJETOS

REJEITO DA MINERAÇÃO DE ALUMÍNIO COMO FONTE DE SILÍCIO PARA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

Alunos(as): Lara Hanssen de Camargo Barbosa e Pietra Setti Galante
Prof.(a) Orientador(a): Bianca Rocha Sales
Professoras Coorientadoras: Naãma Cristina Negri Vaciloto e Sandra Maria Rudella Tonidandel

Ano: 2020

Premiações

Resumo

A indústria de alumínio tem enorme importância econômica no Brasil e no mundo, visto que grande parte dos materiais utilizados no nosso dia-a-dia são feitos desse metal. No entanto, essa indústria gera grande quantidade de resíduo e pode causar impactos ambientais de proporções desastrosas, como o de Mariana. As mineradoras de alumínio, durante a realização do processo Bayer para a extração da alumina, também denominada de óxido de alumínio (Al2O3), a partir da bauxita, geram três resíduos: a lama vermelha, o resíduo do filtro-prensa e o produto da dessilicação, também chamado de DSP. O DSP é o objeto de interesse deste projeto, este apresenta grande quantidade de matéria orgânica na sua composição, mas também dióxido de silício (SiO2). Sabendo que o silício é um elemento essencial para alguns vegetais, reciclá-lo a partir do DSP poderia contribuir para o aumento da vida útil da barragem. Frente ao exposto, emerge a nossa questão-problema: como reaproveitar um resíduo da mineração industrial para a adubação de lavoura de plantas acumuladoras de silício?. A hipótese proposta é de que o resíduo DSP pode ser utilizado como fonte de silício para adubação, mas observa-se diversas impurezas, então pretendemos realizar o processo de lixiviação ácida, e solubilizar o produto, para depois realizar a sua aplicação em plantações. Para testar a hipótese, realizamos a fluorescência de raio x (FRX) para análise das substâncias do DSP, identificamos que 33,2% do DSP é composto por SiO2. O DSP foi submetido à lixiviação com ácido clorídrico (HCl), variou-se a temperatura em 24°C (amostra 1), 50°C (amostra 2) e 70°C (amostra 3). As amostras foram submetidas à análise por FRX. A amostra 2 demonstrou aumento da porcentagem de SiO2 (33,2 para 45,9%) em relação à massa total. Entretanto, há necessidade de repetir esse experimento com outras temperaturas para, posteriormente, solubilizar o SiO2 a fim de obter ácido monossilícico que será aplicado em plantas acumuladoras de silício.