PROJETOS

DANDO VOZ ÀS VÍTIMAS DO BULLYING

Aluno(a): Juliana Eva Padilha
Prof.(a) Orientador(a): Rita Maria Saraiva De Barros
Professora Coorientadora: Sandra M. Rudella Tonidandel

Ano: 2019

Premiações

Resumo

Bullying é um termo usado para descrever um subtipo de comportamento agressivo que é determinado pela prática de agressões físicas, verbais ou relacionais (Olweus, 1994). Elas são intencionais e repetidas, praticadas por um indivíduo ou grupo, causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder (ABRAPIA). As vítimas são colocadas em situações de humilhação, intimidação ou descriminação; mais especificamente são alvo de ataques físicos, insultos pessoais, comentários sistemáticos e apelidos pejorativos, ameaças por quaisquer meios, grafites depreciativos, expressões preconceituosas, isolamento social consciente e premeditado e pilhérias (BRASIL, 2015). Estudos verificaram que 10 a 15% das crianças entre a 3ª e a 6ª série do Ensino Fundamental sofrem bullying – seja verbal, físico, material, moral, psicológico, sexual ou virtual – pelo menos uma vez por semana (Harachi, Catalano, & Hawkins, 1999; Nansel et al., 2001). Como muitas crianças acreditam que não esteja sendo feito algo eficaz em relação ao bullying (Santos, Perkoski e Kienen, 2015), este projeto tem o intuito de se certificar que o máximo que o colégio pode fazer para sanar este problema está sendo feito. Para tanto, investiga-se como criar, na escola estudada, um plano de ação de combate ao bullying com a participação dos alunos. Acreditamos que se abrirmos uma “ponte” de comunicação entre as vítimas de bullying e a escola, esta teria uma melhor noção do que está ocorrendo e de como poderia agir em relação ao combate ao bullying. Na primeira etapa do projeto, aplicamos um questionário em cerca de 350 alunos, com idades entre 11 e 14 anos, com a finalidade de identificar a ocorrência do bullying; como e com que frequência ele ocorre; os sentimentos de quem sofre o bullying em relação ao acontecido; e como percebe e como gostaria que fossem as ações da escola. Com este questionário, que já foi aplicado, detectamos possíveis alvos do bullying e analisamos, principalmente, como estes alunos avaliam que deveria ser a ação antibullying na escola. Entre os alunos participantes: 3% reportaram estar sofrendo bullying; 38,5% reportaram ser provocados; e 36,5% acham que o colégio não faz algo efetivo em relação ao bullying. Na segunda parte do projeto, após analisarmos os questionários, chegamos à conclusão de que os alunos que reportaram estar sofrendo ou ter sofrido bullying se sentiram sozinhos. Notamos também a necessidade de haver alguém para ajudar esses alunos a serem acolhidos e conseguirem reportar à direção da escola o que estaria acontecendo para que alguma providência pudesse ser tomada. Além disso, através de pesquisas feitas, descobrimos que a empatia é uma variável importante para crianças lidarem melhor com situações de conflito, como o bullying (Arsenio & Lemerise, 2001). Isso originou a ideia de trazer projetos de estímulo à empatia para o colégio estudado, para serem aplicados aos alunos de 4º a 5º ano do ensino fundamental.