PROJETOS

Desde a invenção da roda, a ambição por avanço cresceu inegavelmente. Atualmente, o aumento da busca por novas fontes energéticas deu-se principalmente à alarmante situação que circunda fontes danosas como termelétricas e hidrelétricas. Assim, com a descoberta da fissão nuclear, o grande quociente energético obtido com centrais de energia não eminentemente poluentes se mostrou como possível alternativa. Recentemente, a notabilidade da inviabilização do lixo atômico, a explicitada instabilidade de acordos nucleares, além de prévios conflitos e acidentes catastróficos que revelaram o extremo potencial de contaminação nuclear, propiciaram a ideia de um equipamento que usufrua o próprio ambiente em prol da ciência, transformando a radiação nuclear dispersa, em energia elétrica, obtendo-se energia e dando uma aplicação útil ao material antes poluente. Para tanto, será utilizado como mecanismo principal o efeito fotovoltaico. Observado por Becquerel, o efeito consiste resumidamente em uma diferença de potencial entre dois semicondutores de propriedades elétricas diferentes (silício tipo N e tipo P) devido à incidência de luz na junção, o que leva à transformação da energia luminosa em elétrica (BUHLER, 2011). Contudo, como não será de luz a incidência, mas sim de radiação nuclear, utilizaremos cintiladores a fim de explorar as propriedades da onda e partícula, e torná-las objeto de conversão pela placa realizadora do efeito. Por fim, o material de baixa penetrabilidade (vidro, provavelmente) do recipiente encarregar-se-á de que não haja vazamento radioativo e de que haja contenção do material cintilador, garantindo a segurança daqueles em volta. Dito isso, o objetivo do trabalho é, a partir da metodologia já apresentada, assegurar a transformação da energia nuclear inviabilizada em elétrica, através de um método novo no meio científico.