PROJETOS

QUEBRANDO OBSTÁCULOS PARA MELHORAR A ALIMENTAÇÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS

Aluno(a): Natália Kauffman Zolnerkevic
Prof.(a) Orientador(a): Rita Maria Saraiva de Barros
Professora Coorientadora: Sandra M. Rudella Tonidandel

Ano: 2019

Premiações

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista, também chamado de Autismo, é um transtorno psiquiátrico relacionado ao desenvolvimento cerebral, que costuma ser identificado na infância, entre 1 ano e meio e 3 anos de idade. O transtorno altera o modo de relação entre indivíduos, afeta a comunicação, a capacidade de aprendizado e a adaptação da criança, sendo também descrito por dificuldades de relacionamento com alimentos e, como consequência, por vários problemas na alimentação. Segundo Bernal (2010), 70% das crianças autistas possuem diferentes graus de problemas sensoriais e de percepção, fazendo com que haja uma alta ou baixa resposta a estímulos. O fato causa uma grande seletividade ligada a cores, texturas, aromas, formas, marcas, temperaturas e ordem de alimentos. Essa grande seletividade interfere no peso e na altura da criança, prejudicando sua saúde e dificultando seu desenvolvimento. Segundo o Instituto de Desenvolvimento Infantil, o primeiro passo para uma criança comer é tolerar o alimento, para depois interagir, cheirar, tocar, provar e, enfim, comer. Interagir com o alimento pode ser muito difícil para uma criança autista, já que ela não tem o hábito de experimentar o novo. Diante disso, a nossa questão-problema é: “Conhecendo os problemas alimentares das crianças autistas, como podemos ajudar na interação dessas crianças com os alimentos?” E nossa hipótese é: “Pensamos que, se criarmos um aplicativo com atividades lúdicas no qual a própria criança monte o seu cardápio, nas próximas etapas de cheirar, tocar, provar e, enfim, comer, ela teria mais prazer e menos dificuldade. Além do que, seria um meio de alerta aos pais sobre quais alimentos agradam e trazem sensação de bem-estar para suas crianças, e quais elas realmente desejam comer. Na primeira fase da metodologia, entramos em contato com pais de crianças autistas e, por meio de questionários, obtivemos informações sobre problemas na alimentação de crianças autistas, sobre o uso de tecnologias digitais, sobre a seletividade de alimentos e sobre o ambiente onde são feitas as refeições, a fim de achar padrões e agrupá-los. Começamos agora uma segunda fase na qual criaremos um aplicativo que fará com que as dificuldades alimentares sejam minimizadas, uma vez que ele facilitará a interação das crianças com novos alimentos. Sabemos que a alimentação das crianças autistas não é fácil para elas nem para suas famílias, de maneira que o aplicativo também funcionará como um meio de comunicação para indicar aquilo que a criança realmente deseja comer e como deseja o ambiente nesses horários.