PROJETOS

ENSAIOS FUNCIONAIS DE LINHAGENS DE MELANOMA TRATADAS COM DIFERENTES QUIMIOTERÁPICOS

Aluno(a): Giullia Jutglar Fagundes
Prof.(a) Orientador(a): Camila Lauand Rizzo
Professora Coorientadora: Sandra M. Rudella Tonidandel
Cientistas qualificadas: Larissa A. C. Carvalho e Silvya Stuchi Maria-Engler

Ano: 2019

Premiações

Resumo

Os diferentes tipos de câncer têm em comum o crescimento desordenado de células que tendem a agir agressivamente e a se multiplicar de maneira descontrolada. Essas células podem vir a invadir outros tecidos, ocorrência denominada metástase, podendo formar tumores malignos (tumores secundários) longe de seu tumor de origem. O diagnóstico de metástases ainda é muito precário, pois é difícil de localizar quando o tumor secundário ainda é muito pequeno, sendo responsável por 90% das mortes por câncer. Melanoma representa 3% das neoplasias malignas da pele e é o mais agressivo, tem a maior possibilidade de metástases, detectado precocemente a chance de cura é 99% com excisão cirúrgica, com a doença mais avançada e disseminada, a chance de cura cai para 15% e 1 ano de sobrevida. A principal via de sinalização do melanoma é a MAPK, 50% possuem mutação em BRAF (uma parte da via MAPK), BRAF é uma enzima que fosforiza os aminoácidos serina e a treonina (precisa somente de fosforização por RAS). O vemurafenibe é um quimioterápico que se liga à BRAF, inibindo a fosforilação da via MAPK. A quimiorresistência ao vemurafenibe pode ser ocasionada por mutações, como em NRAS. O vemurafenibe foi aprovado pelo FDA em 2011, mas não é disponibilizado pelo SUS. No SUS é usado o quimioterápico dacarbazina, que provoca danos no material genético das células tumorais (intercalante de DNA), o que resulta em morte celular. A questão problema do presente projeto é: qual quimioterápico, vemurafenibe ou dacarbazina, seria o mais eficiente no tratamento do melanoma? Acreditamos que o vemurafenibe será o quimioterápico que causará mais morte celular e menor resistência ao tratamento do melanoma, já que ele tem como alvo uma molécula específica alterada no melanoma (BRAF). A dacarbazina é um intercalante de DNA, não sendo uma droga alvo específica para as alterações presentes no melanoma. As células SK-MEL-2 que foram tratadas com vemurafenibe nas concentrações 1 µM e 6 µM proliferaram menos que as células do grupo controle. O teste ANOVA seguido de Newman-Keuls (α=0,05) foi realizado. Foi observado também que nas duas concentrações utilizadas foram selecionadas células resistentes ao vemurafenibe.