PROJETOS

COMO SUBSTÂNCIAS PROVENIENTES DA ALIMENTAÇÃO PODEM AJUDAR NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON

Aluno(a): Felipe Pola da Costa Leite e João Pedro Zarzur Rinaldi
Prof.(a) Orientador(a): Camila Lauand Rizzo
Professora Coorientadora: Sandra M. Rudella Tonidandel
Cientista qualificado: Merari de Fátima Ramires Ferrari

Ano: 2019

Premiações

Resumo

A doença de Parkinson atinge de 1% a 2% da população mundial, sendo que a maioria dos afetados são os idosos. Essa doença é causada pela neurodegeneração da substância cinzenta do cérebro, que ocorre devido ao estresse oxidativo, podendo causar diminuição na liberação de dopamina, neurotransmissor que regula a movimentação voluntária. Há a ocorrência da deposição de uma proteína chamada ⍺-sinucleína principalmente nos neurônios da substância cinzenta do cérebro, formando os corpos de Lewy, uma marca patológica desta doença. A doença de Parkinson também pode ser causada por fatores hereditários, consumo de agrotóxicos, idade, dentre outros fatores. O paciente com doença de Parkinson sofre de diversos sintomas, como tremor, rigidez muscular, depressão, tonturas e vários outros distúrbios. Nosso projeto tem como proposta impedir a progressão da doença de Parkinson por meio de substâncias presentes em alimentos comuns que já são consumidos pela população. Nossa hipótese é que poderíamos impedir a progressão da doença usando a naringina, flavonóide presente nas frutas cítricas, especialmente na tangerina. Esperamos que a naringina possa causar um efeito neuroprotetor, ou seja, impediria a degeneração dos neurônios. O flavonóide apresentou resultados positivos em relação a neuroproteção, de acordo com os estudos já realizados.Para testar nossa hipótese, será realizado o cultivo de células SH-SY5Y (neuroblastoma) diferenciadas em neurônios dopaminérgicos. Estas células serão cultivadas em uma placa de cultura e serão adicionadas diferentes concentrações de naringina (2µM, 20µM e 2nM) e álcool (grupo controle), utilizado para dissolver a naringina. A células serão mantidas nessas condições por 24, 48 e 72 horas. Inicialmente a presença de morte celular será quantificada com trypan blue após tratamento com naringina. Após essa análise, as células serão transfectadas com ⍺-sinucleína, para simular as alterações observadas nos neurônios decorrentes da doença de Parkinson. As células transfectadas serão tratadas com naringina e a morte celular será quantificada pelas técnicas de MTT e Western blotting. A viabilidade celular não sofreu alterações estatisticamente significantes entre os controles e os grupos experimentais nas células não diferenciadas tratadas com naringina. A viabilidade celular das células EV (alfa-sinucleína não mutada) e células A53-T (alfa-sinucleína mutada) após tratamento com 20 nM de naringina por 48h não sofreram alterações estatisticamente significantes entre os controles e os grupos experimentais. Dado que as células tratadas com naringina não tiveram maior viabilidade celular quando comparadas com os grupos controle, concluímos que não ocorreu a neuroproteção nas condições testadas, já que não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas.