PROJETOS

Epilepsia do lobo frontal: uma possível cura por meio do sistema colinérgico

Aluna: Paloma Lazzaro Saliba
Profª. Orientador(a): Rita M. Saraiva de Barros
Profª Coorientador(a): Sandra M. Rudella Tonidandel

Ano: 2016

Premiações

Descrição

A epilepsia é uma doença considerada comum, uma vez que no Brasil, há aproximadamente 150 mil casos por ano. É crônica e muitas vezes não tem cura. Pessoas que tem epilepsia contam com tratamento com medicamentos anticonvulcionais - principalmente a carbamazepina e a fenitoína, ambas associadas a péssimos efeitos colaterais e devem fazer exames laboratoriais frequentes, criando grandes dificuldades no dia a dia do paciente. Pessoas de todas as idades podem ser afetadas. Outro tratamento existente para a epilepsia é a cirurgia, porém uma aura - um aviso de que uma crise epiléptica está próxima, foi encontrada em 60% dos pacientes que fizeram a cirurgia, automatismos - padrões incomuns de comportamento, foram encontrados em 25-30% e generalização secundária, em 90% dos pacientes. A epilepsia do lobo frontal é responsável por 10-20 % dos pacientes em série cirúrgica, mas a incidência em casos não cirúrgicos parece ser muito mais alta. Este tipo de epilepsia afeta o lobo frontal, responsável por importantes funções motoras, sociais e lógicas. Receptores colinérgicos são proteínas integrais de membrana que geram uma resposta, a partir do neurotransmissor acetilcolina e encontram-se tanto no sistema nervoso central, como no periférico. O processo de epileptogenese consiste numa reorganização sináptica que desencadeia no funcionamento anormal dos neurônios afetados, gerando convulsões. "A epilepsia no lobo frontal é o resultado de uma mutação da serina 248 por uma fenilalanina na subunidade α4 do domínio transmembrana, do receptor colinérgico nicotínico, o que leva a uma redução da permeabilidade ao cálcio, redução na abertura do canal e rápida dessensibilização" (VENTURA et al, 2004). Pensei em como impedir que a fenilalanina - aminoácido essencial, cause a mutação no aminoácido formante da subunidade α4 serina 248, no domínio transmembrana, do receptor colinérgico nicotínico¬¬¬, evitando assim a epilepsia do lobo frontal. Acredito ser possível impedir esta mutação, ao impedir que a fenilalanina chegue à subunidade α4 "quebrando" a molécula da fenilalanina ou capturando-a, antes que chegue a esta subunidade. Não sabendo como realizar tal procedimento.

Palavras-chave: eplepsia, lobo frontal, sistema colinérgico