PROJETOS

Influência da concentração de magnésio no crescimento de Catasetum fimbriatum in vitro

Alunos: Dante Volpato, Luca Basílio e Miguel Barros
Profª. Orientador(a): Nilce de Angelo
Profª Coorientador(a): Sandra Maria Rudella Tonidandel

Ano: 2014

Premiações

Descrição

          O gênero botânico Catasetum, pertencente à família das Orchidaceae, inclui plantas epífitas cuja maior quantidade de espécies se encontra na Amazônia. A espécie Catasetum fimbriatum é, atualmente, muito valiosa no mercado decorativo e possui grande importância experimental, sendo cultivada frequentemente através do cultivo in vitro. O cultivo in vitro de orquídeas, por sua vez, é a propagação e o crescimento de orquídeas em meio controlado, no que se diz respeito a nutrientes e fatores naturais, onde não há a fixação da raiz. O nosso projeto envolve a mudança de concentração de magnésio nos meios de cultura da espécie Catasetum fimbriatum. O objetivo deste projeto era descobrir como diferentes concentrações de magnésio influenciariam no crescimento in vitro dessa espécie, permitindo talvez um aprimoramento da técnica de cultivo. Utilizamos os seguintes parâmetros para estimar o desenvolvimento das plantas: a massa fresca, o tamanho das folhas e o tamanho das raízes. O projeto foi realizado no laboratório de Biologia do Colégio Dante Alighieri e sua metodologia consiste no cultivo de aproximadamente 110 plantas, as quais foram dividas em três grupos. O primeiro grupo (controle) foi cultivado com concentrações normais no meio de cultura; o segundo (grupo 2) com o dobro da concentração normal de magnésio; e o terceiro (grupo 3) com o triplo desta concentração. As medidas foram tomadas após três meses do plantio. As análises mostraram que a média da massa fresca do grupo controle foi maior que a dos outros grupos (controle: 0,49 g; grupo 2: 0,48 g; grupo 3: 0,47 g). Contudo, essa diferença não foi significativa (controle/grupo 2: P=0,893; controle/grupo 3: P=0,760). Com relação à média do comprimento das folhas, o grupo que apresentou o maior valor foi o grupo 3 (controle: 12,38 cm; grupo 2: 12,55 cm; grupo 3: 12, 75 cm), mas as diferenças entre os grupos também não foram significativas para esse parâmetro (controle/grupo 2: P=0,839; controle/grupo 3: P=0,661). Finalmente, com relação à média do comprimento das raízes, o grupo 2 apresentou o maior valor e as plantas do grupo 3 apresentaram as menores raízes (controle: 4,78 cm; grupo 2: 4,82cm; grupo 3: 3,67 cm). A diferença entre o grupo 2 e o controle não foi significativa, mas houve uma diferença significativa entre o grupo 3 e o controle (controle/grupo 2: P=0,932; controle/grupo 3: P<0,001). Dessa forma, concluímos que a adição de magnésio ao meio de cultura não contribuiu de forma significativa ao desenvolvimento dessas plantas. Além disso, quando adicionado em alta concentração levou a um prejuízo do desenvolvimento das plantas, levando a um menor desenvolvimento das raízes. Palavras-chave: magnésio, desenvolvimento vegetal, meio de cultura.