PROJETOS

Transtornos alimentares: reconhecimento de padrões comportamentais e contribuições para novas abordagens na tutoria de jovens

Aluna: Bianca Spina Papaleo.
Profa. orientadora: Rita Maria Saraiva de Barros..
Profa. Co-orientadora: Sandra M. R. Tonidandel.
Ano: 2011.

Premiações

 

Descrição

Cada vez mais pessoas estão desenvolvendo transtornos alimentares na sociedade moderna, revelando a valorização da estética da extrema magreza. Por isso, desenvolvi essa pesquisa, que visa investigar formas de diminuir o número de pessoas atingidas com esses transtornos e também minimizar seu sofrimento.

Para isso, elaborei um plano em duas etapas: numa 1ª, compreender quais são os padrões na personalidade de pessoas com Transtornos Alimentares, para, numa 2ª etapa, após treinamento da equipe pedagógica e administrativa de meu colégio, identificar jovens com padrões de comportamento de risco moderado de desenvolver Transtornos Alimentares e introduzir um novo método  de abordagem, que aproxime jovens com padrões de Transtornos Alimentares de jovens tutores (treinados e orientados por especialistas em transtornos) que seriam as “Amigas Terapeutas”.

Na primeira fase, apliquei questionários em escolas públicas e particulares, para obter dados sobre os comportamentos alimentares de jovens estudantes. Os padrões que eu buscava analisar eram: perfeccionismo, ser o primeiro filho e competitividade nas relações familiares. Comparei os dados obtidos nos questionários com dados já publicados, como os comportamentos frequentes em pacientes com Transtornos Alimentares (culpa e vergonha após comer, prática de dietas radicais e jejuns, insatisfação corporal). A análise dos dados, feita em parceria com uma psicóloga especialista em Transtornos Alimentares e enriquecida por visitas ao Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas – USP (Universidade de São Paulo) mostra que o perfeccionismo e a competitividade são características que indicam maior probabilidade de desenvolver Transtornos Alimentares, enquanto ser primogênito ou filho único não interfere nessa probabilidade. Durante a análise, reconheci que há uma diferença significativa de padrões entre alunos de escola pública e particular. Os da particular têm maior probabilidade de desenvolver Transtornos Alimentares, em decorrência de padrões comportamentais específicos.

Assim, com a implementação da 2ª etapa, quando os possíveis portadores poderão ser rapidamente identificados pela equipe de funcionários do colégio, pretende-se diminuir o sofrimentos desses pacientes, minimizando sua solidão e trazendo-os para uma nova vida, por meio da atuação de uma equipe multidisciplinar, em união com pais e amigos.