PROJETOS

ESTUDO DA DISPARIDADE MORFOLÓGICA DOS TRILOBITAS

Alunas: Bruno Marques Tibério.
Pesquisador colaborador: Prof. Dr. Marcello Guimarães Simões (IBB/UNESP) e Prof.Dr. Luiz Eduardo Anelli (IGC USP).
Profa. colaborador: Maria Regina Trevizani.
Profa. Co-orientadora: Sandra M. R. Tonidandel.
Ano: 2010.

Premiações

 

Descrição

Os Trilobitas são artrópodes marinhos que surgiram no cambriano e se extinguiram como muitos outros animais na crise Per-mo Triássica. Estes animais deixaram muitos fósseis devido ao exoesqueleto que possuíam, impregnado de carbonato de cálcio e que até hoje é alvo de várias discussões científicas. O intuito deste trabalho foi identificar as causas da disparidade morfológica destes seres. Estudos demonstram que essa diversidade nas formas se deve aos diferentes ambientes em que estes seres viveram. Para confirmar minha hipótese, realizamos um levantamento bibliográfico sobre o assunto na internet e na biblioteca do Instituto de Geociências da USP (IGc) priorizando o desenvolvimento da espinhosidade e a expansão do céfalo como características principais a serem estudadas. Para o estudo da espinhosidade foram analisados Trilobitas das ordens Proetida e Corynexochida e para a expansão do céfalo os da ordem Harpetida e Asaphida. Em seguida, fiz um estudo comparativo entre Trilobitas de ordens diferentes que despertaram muito a minha curiosidade devido às características citadas acima que são muito acentuadas em relação aos outros Trilobitas que pesquisamos. Este trabalho ainda se encontra em fase de conclusão, mas os dados demonstram que a expansão do céfalo foi maior em animais filtradores pelo fato destes apresentarem pequenos poços utilizados para separar água e outros materiais dos nutrientes necessários a sobrevivência dos que eram capazes de nadar ativamente.Quanto à espinhosidade , a análise revelou que nas duas espécies estudadas ela geralmente se apresenta como meio de defesa mas, pelo fato dos espinhos se situarem nas laterais do corpo também podem ter sido utilizados para dar estabilidade em sedimentos instáveis. Evidências demonstram que houve pressão seletiva do meio ambiente sobre eles, resultando numa diversidade morfológica muito grande destes animais, tornando cada um deles um ser único no mundo natural.