PROJETOS

Autores: Bianca Caresia, Julia Cestari Santos e Paula David.
Prof^as. Orientadoras: Rita M.S. de Barros e Suzana Ursi.
Ano: 2008.

Premiações

Educacional 2008
- 1º lugar - Júri técnico

Descrição

O narguilé, um cachimbo de água de origem oriental que passou a fazer parte do nosso cotidiano, é o nosso tema de trabalho. Acreditamos que ele não seja tão inofensivo quanto a maioria de nossos colegas imaginam. Gostaríamos de tentar fazer com que eles tenham consciência do que estão fumando e colocando dentro de seus corpos, para que possam tomar suas decisões sobre utilizá-lo de uma forma mais consciente.
Dando início ao projeto, elaboramos um questionário que foi aplicado a 264 adolescentes – entre 14 e 15 anos – para conhecermos o que pensam sobre esse cachimbo.
Com a tabulação das respostas dos questionários, concluímos que os jovens acham que o narguilé não é prejudicial à saúde, o que estimula o consumo desse cachimbo de água. Tentando provar a hipótese de que o narguilé é prejudicial, realizamos experimentos utilizando um sistema que simula a inalação de sua fumaça. Através desse sistema, pudemos reter partículas sólidas em papel de filtro e, também, analisar a influência da fumaça em vasos de violetas. Paralelamente, com o auxílio de um monoxímetro, medimos em 12 voluntários adultos a quantidade de carboxiemoglobina antes e após uma sessão de fumo de narguilé. As partículas sólidas acumuladas no papel de filtro nos mostram que a “câmara de água” não é eficiente na limpeza do ar a ser inalado. Essas partículas entrariam em nosso organismo e acreditamos que iriam para nossos pulmões. Fizemos uma comparação do que ocorreu entre o modelo experimental - com flores - e os adolescentes inalando a fumaça. Concluímos que ela prejudicaria a saúde, uma vez que as flores expostas ao narguilé se estragaram muito mais do que as que não entraram em contato com a fumaça. As medidas de carboxiemoglobina comprovam que o narguilé apresenta efeito nocivo à saúde, chegando a 6,4% o número de hemácias comprometidas em um dos voluntários, com média de 3,2%. Iniciaremos nossa tarefa de conscientização na Feira de Ciências, pela exposição dos dados obtidos, e pretendemos continuá-la com a participação dos nossos colegas. Divulgaremos, ainda, os resultados em veículos de comunicação de maior alcance como, por exemplo, no “Projeto JovemPan – Campanha pela Vida, Contra as Drogas” (Rádio JovemPan).
Agradecimentos: Profa. Dra. Jaqueline S. Issa, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo - Programa de Tratamento do Tabagismo; e Sra. Izilda Alves, repórter da Rádio JovemPan, responsável pela “Campanha JovemPan pela Vida contra as Drogas”, que nos colocou em contato com profissionais que nos deram orientações e nos emprestaram materiais necessários para o andamento do trabalho.

Fotos