Projeto Rios Invisíveis traz outro olhar sobre São Paulo

Publicado em 29 de agosto de 2018 às 16:43
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Os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental ficaram muito surpresos ao descobrir que, bem em frente ao Colégio, passa um rio. Pouca gente sabe que o córrego Iguatemi corta o parque Trianon, segue descendo pela avenida Nove de Julho e deságua no rio Pinheiros, na marginal. Isso porque boa parte dos rios de São Paulo foi encanada ou até mesmo extinta, aterrada. É aí que entra o projeto “Rios Invisíveis”, iniciativa da coordenação de geografia que pretende sensibilizar além de informar os estudantes. A capital paulista tem entre 300 e 500 rios “invisíveis”, concretados embaixo de casas, edifícios e ruas. São 3 mil quilômetros de rios e córregos escondidos.

“Nosso objetivo é despertar no aluno a importância dos rios para a cidade de São Paulo, sempre associando com o conteúdo das aulas. Vimos o excelente documentário ‘Entre Rios’ e estudamos os projetos urbanísticos de Prestes Maia e Saturnino de Brito e a diferença entre priorizar carros em vez de manter o desenho natural dos rios”, explica a professora Márcia Regina Saltini, coordenadora pedagógica de geografia. Segundo ela, o projeto pretende retomar a história da urbanização da metrópole paulistana por meio da sua rede hidrográfica principal. O trabalho começou em 2017, quando o Departamento de Geografia resgatou a memória do rio Pinheiros. Este ano, o foco são os rios “invisíveis”, que vivem sufocados pelo abandono e desconhecimento. O projeto também conta com o apoio do Departamento de Tecnologia Educacional.

Em setembro, as turmas farão visitas ao córrego das Corujas, na Vila Madalena, que está preservado pela vizinhança e tem até uma hortinha nas suas margens; e também ao córrego do Ipiranga, que está poluído, próximo à avenida do Estado. “Quando o aluno consegue ver o fenômeno, isso gera uma série de aprendizados. Na sala de aula eles ouvem e entendem, mas muitas vezes não conseguem aplicar e visualizar de forma tão clara. Sem contar o impacto das visitas aos córregos. Assim podemos refletir sobre uma questão de sustentabilidade, conscientizar os estudantes para que participem da preservação das nascentes, além de estudar geomorfologia e hidrografia”, explica o professor de geografia Rubens Odilon. “Eu adorei ter uma aula no parque Trianon, porque quebra a rotina e faz a gente pensar muito. Imagina se este rio não fosse encanado e poluído? Poderíamos brincar aqui, pescar, nadar e aproveitar a água”, afirma o aluno João Bitar Novazzi, do 7º D.

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