Museu faz exposição especial sobre o Cerrado

Publicado em 4 de novembro de 2019 às 10:30
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exposição sobre o cerrado no museu

O Museu de História Natural do Dante realizou uma exposição especial sobre o Cerrado brasileiro na semana de 28 de outubro a 1º de novembro. Chamado “Cerrado, o coração do Brasil”, o evento tinha como objetivo apresentar um dos mais ricos biomas do mundo para os alunos. Afinal, o Cerrado ocupa ¼ do território brasileiro, com mais de 2 milhões de quilômetros quadrados, e abriga 5% de toda a biodiversidade do planeta, sendo 30% de todas as espécies do Brasil, além de três das maiores bacias hidrográficas do continente. No entanto, a região é uma das menos protegidas do país e a que mais sofre com a intervenção humana, com muitas espécies de fauna e flora ameaçadas ou em risco de extinção, mais da metade de sua vegetação natural eliminada e um desmatamento cinco vezes mais rápido do que o da Amazônia, de acordo com estudos do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.

museu de história natural faz exposição sobre o cerrado brasileiro

“A ideia de desenvolver a exposição sobre o Cerrado no museu foi possibilitar a toda a comunidade escolar mais conhecimento e compreensão sobre a importância de manter sua biodiversidade”, explica a bióloga Ana Paula Fioretti, supervisora do Museu de História Natural. “Os serviços ambientais fornecidos pelo Cerrado garantem a sobrevivência de sua fauna e flora, mas também são indispensáveis à população humana brasileira, como a água de seus rios, que abastece muitas cidades e gera grande parte da energia elétrica consumida no país”, comenta ela. “Além disso, o Cerrado é um bioma que se conecta com outros quatro importantes biomas brasileiros, fazendo a ponte entre o Pantanal, a Amazônia, a Caatinga e a Mata Atlântica. Se ele for destruído, isso afetará diretamente todos os demais”, complementa a bióloga Giovana Castro Oliveira, também da equipe do museu.

crianças montam maquete do cerrado

Entre as atividades da exibição, havia dois vídeos educativos, um do programa Repórter Eco, da TV Cultura, e outro da WWF, além da montagem interativa de um diorama do bioma para que as crianças colocassem plantas e animais nos locais que habitam, origami de aves locais, como a seriema e o carcará, e brincadeiras como um jogo de bingo e um álbum de figurinhas, além de conteúdo explicativo sobre animais típicos da região, como o lobo-guará, o tatu-canastra e o tamanduá-bandeira. A onça-pintada, a ema e a anta também não ficaram de fora. Os animais do Cerrado impressionam com suas características superlativas: “A anta é o maior mamífero herbívoro do Brasil e chega a pesar 250 quilos. Com o desmatamento, às vezes as antas atravessam estradas e, infelizmente, podem causar graves acidentes e morrerem atropeladas”, conta Giovana. “Já o tatu-canastra chega a medir um metro e meio e pesar até 60 quilos, e o lobo-guará, que é um animal dócil, diferente do que muitos podem pensar, é o maior canídeo de toda a América do Sul, podendo chegar aos 30 quilos. A anta e o lobo-guará são muito importantes para o meio ambiente, sendo considerados como os jardineiros da floresta, porque espalham sementes de muitas plantas”, diz a bióloga.

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