Eletiva promove simulações de comitês da ONU

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 10:03
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Alemanha, 15 de dezembro de 1884. Era uma tarde comum no Colégio Dante Alighieri, mas os alunos estavam em outro mundo, embarcados em uma verdadeira viagem no tempo. Simulando a Conferência de Berlim, os estudantes levavam a sério seus personagens e funções e faziam uma verdadeira imersão na grande reunião das 14 maiores potências do século XIX que gerou a partilha e a ocupação do continente africano pelos europeus. Na sala ao lado, outra realidade e recorte de tempo levava os alunos para um comitê da ONU nos dias de hoje, discutindo um conflito entre EUA e Venezuela envolvendo fake news que poderia provocar uma guerra. Situação hipotética, ainda que muito verossímil. Nas duas turmas, todos estavam trajados a caráter e não agiam como adolescentes comuns, mas sim como verdadeiros adultos diplomatas, ministros, líderes e chefes de estado, reproduzindo a cultura e os costumes de cada país representado e defendendo seus interesses de acordo.

Essas atividades fazem parte da eletiva “Dante United Nation: Modelo de Simulação da ONU”, que aceita alunos de todas as séries do Ensino Médio e tem dois módulos semestrais para estudar políticas e relações internacionais e promover as simulações de comitês da ONU e de outras negociações históricas, colocando os alunos em imersões de interpretação dentro de situações em que precisam resolver conflitos e fazer negociações. “Os estudantes não precisam fazer igualzinho o que aconteceu na época, desde que mantenham a postura do país que representam entendendo o contexto e seus valores. É um jeito diferente de estudar, que gera mais interesse e envolvimento por parte deles”, explica o professor Carlos Roberto Diago, coordenador de história, filosofia e sociologia.

“Eles amadurecem muito durante o curso. Aprendem a tomar decisões, solucionar problemas, vencer a timidez, apresentar projetos e debater. Têm que respeitar a política externa de cada país e agir de acordo com os interesses da nação que representam naquele momento, e não como sua opinião pessoal. É um desenvolvimento de habilidades interdisciplinares que alia também bastante criatividade, pois é preciso pensar fora da caixa”, conta o professor de filosofia Ian Bastos. “Começamos a simular no ano passado e criamos uma paixão muito grande pelo formato. Você pode desenvolver conhecimento e habilidade para falar em público e também cresce muito como pessoa”, afirma Dafne Sotiropoulos, da 3ª série A.

Podemos mudar o mundo

A eletiva levou aos alunos um senso de responsabilidade, mostrando que a política praticada atualmente tem o poder de afetar a história a longo prazo. “Aprendemos como algumas decisões que foram tomadas há muitos séculos impactam nossa vida até hoje. Dessa forma, percebemos a responsabilidade que temos na história e como podemos fazer a diferença no mundo, moldando o futuro”, diz Giulia Cruz, da 2ª E. “A Conferência de Berlim é um ótimo exemplo disso. Durou apenas 3 meses, mas mudou a história do mundo para sempre e afeta os países africanos até hoje”, explica Carolina Ferrari, da mesma classe. “Queremos conscientizar os colegas para que entendam que tudo o que fazemos tem consequências muito sérias para o futuro”, conclui Ana Beatriz Casolaro, da 2ª B.

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