Departamento de Educação Física recebe visita de Marcelinho Huertas

Publicado em 28 de junho de 2010 às 16:53
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O ex-aluno e armador da Seleção Brasileira de Basquetebol Marcelo Huertas esteve no Colégio Dante Alighieri na manhã de 28 de junho, segunda-feira, para relembrar os tempos de Colégio conversando com os professores do Departamento de Educação Física – seus primeiros treinadores.

Marcelo Tieppo Huertas passou por clubes brasileiros e europeus, e, atualmente, é o armador do atual campeão da Liga Espanhola de Basquete, o Caja Laboral. Pela seleção, já conquistou o Sul-americano Adulto de 2006, os Jogos Pan-americanos de 2007 e a Copa América de Basquetebol de 2009.

Leia abaixo uma breve entrevista com o atleta, que é, de acordo com o professor Carlos Nicolás, coordenador do Departamento de Educação Física, “um dos maiores expoentes esportivos do Dante neste primeiro centenário do Colégio.”

O que o motiva a voltar para o Dante? Quais são suas maiores lembranças?

MH – Primeiro de tudo, é a saudade que dá dos tempos de escola. Ao ver as crianças correndo no pátio, parecia estar vendo um filme na cabeça. Lembro das amizades que criei, dos professores que tive. Sempre tive muita relação com o pessoal da Educação Física por gostar muito de esporte. Conheci o professor Edu (Eduardo de Angelis) ainda pequeno porque meu irmão já era treinado por ele antes mesmo de ser professor no Colégio. O professor Carlos já acompanhava minha carreira desde o começo. Essas coisas motivam o retorno. Voltar um pouco faz aflorar as raízes depois de tantos anos, ter contato com as pessoas que te ajudaram, de uma forma ou outra, a chegar aonde você está é muito bom. A educação e a cultura que eu levo comigo eu devo ao Dante, aprendi muito aqui. É sempre bom voltar, dar uma refrescada na memória que fica esquecida pelo excesso de trabalho ou por morar longe. Sempre que eu puder, vou voltar aqui para rever as pessoas que me ajudaram e o Colégio onde cresci, que foi uma grande base para minha vida.

O que você conseguiu levar dos anos de Dante para a sua carreira como atleta?

É difícil falar, mas acredito que as coisas que levo mais próximas se concentram no espírito de família que eu tive por aqui, uma relação muito próxima com amigos e professores, que me ajudaram muito. Também foi muito importante ter aprendido o italiano, o inglês. Joguei em equipes da Itália, e, na Europa, fala-se bastante inglês dentro dos times. Estudei idiomas em outros lugares e passei um ano estudando e jogando nos Estados Unidos. Isso me ajudou, claro, mas sem ter essa base seria bem complicado. Acho que ser uma pessoa culta, demonstrar um bom conhecimento geral, além de ser um bom atleta, é muito importante, ajuda a formar melhor. O Dante me ensinou isso e sou muito grato.

Qual o recado que você deixa para os atletas dantianos?

Para os atletas, o recado é humildade. Por melhor ou pior que você seja, sem humildade você não chegará longe. Você pode ter o maior talento ou a maior capacidade física, mas, é preciso saber ser humilde e trabalhador, e acreditar que é possível ser cada dia melhor, que não há um limite e que se pode aprender mais e mais com o passar dos dias. Este é o ponto principal: saber respeitar as pessoas e os adversários. Se você for arrogante, achando que é o melhor e que ninguém pode tirar isso de você, há um equívoco nisso, porque é preciso manter os pés no chão. O caminho para conquistar espaço, ganhar títulos e ser reconhecido é duro, cheio de obstáculos, enquanto cair no chão e voltar ao zero acontece num piscar de olhos. É muito difícil alcançar o topo, e, sem a cabeça no lugar, humildade e trabalho, você pode escorregar e não voltar mais.

E como está a sua agenda? Está de férias?

Agora estou de férias, mas dia 20 começo a treinar com a seleção. Disputaremos o mundial em agosto, na Turquia. Ainda voltarei à Espanha para um compromisso rápido, mas estarei de volta o mais rápido possível para a preparação para o mundial.

Quais são as expectativas para o torneio?

Este ano, temos um time maduro, uma boa base que já joga há mais tempo na seleção e isso vai ajudar muito. No último mundial, não atingimos um bom desempenho. Desta vez, esperamos fazer uma boa primeira fase e conseguir avançar para as oitavas de final. Tentaremos ficar entre os oito melhores, e, quem sabe, “beliscar” uma medalha por ali. Será um campeonato muito nivelado: tirando Espanha e Estados Unidos, que estão acima dos demais, seis ou oito times devem brigar pelas vagas de terceiro a oitavo. O nível será alto, mas, com muitos jogadores na NBA (National Basketball Association, liga norte-americana de basquete) ou na Europa, acredito que o time esteja bem preparado e possa surpreender esse ano.

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