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Três alunas do Dante foram convidadas para palestrar em um evento da revista Nova Escola realizado no último sábado, 15 de setembro, em parceria com o Facebook e o Instagram. O tema era “saúde mental na escola”, e o evento também contou com a participação de especialistas e educadores. O objetivo era procurar soluções e debater a formação da identidade dos jovens, sua relação com o ambiente digital e como as competências socioemocionais podem promover a saúde mental no ambiente escolar, discutindo temas como bullying, transtornos psicológicos e alimentares, suicídio, automutilação, publicações constrangedoras sobre colegas em redes sociais, clima negativo entre funcionários e alunos etc. A pauta da saúde mental norteou a última edição da revista Nova Escola e está conectada ao Setembro Amarelo, uma campanha que se estende ao longo de todo o mês com o intuito de promover a prevenção do suicídio e conscientizar a população sobre a necessidade de falar sobre o tema. O evento também foi transmitido ao vivo pelo Facebook.
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No dia 15, a agenda contou com quatro palestras e duas apresentações de projetos desenvolvidos em escolas, além da troca de experiências e de um workshop sobre competências socioemocionais. As estudantes Alessandra Maranca, Catharina de Morais e Maria Clara Nascentes, da 2ª série do Ensino Médio do Dante, apresentaram sua pesquisa sobre a formação de identidade dos jovens e como isso afeta sua saúde mental. Há três anos, elas perceberam como muitos de seus colegas pareciam deprimidos e lidavam com problemas de ansiedade e autoestima. Já pensando muito sobre o tema, em 2016 elas iniciaram um projeto dentro do programa Cientista Aprendiz, com orientação do professor de filosofia Ian Bastos, intitulado “O Bem-Estar do Jovem: A Busca pela Saúde Mental a partir da Construção da Identidade Autêntica”. As meninas usaram conceitos de Erik Erikson e Zygmunt Bauman e aplicaram um questionário em escolas públicas e particulares. A pesquisa deu tão certo que ganhou prêmios na Mostratec (2017) e na feira internacional Genius Olympiad, em Nova York (2018).
“Desenvolvemos uma proposta de intervenção baseada em três pilares: a ação comunicativa de Habermas, a falácia grega e o princípio de identificação, baseado nas técnicas de persuasão de Aristóteles e na zona proximal de desenvolvimento de Vygotsky”, explica Maria Clara. “Achamos muito importante que sejam jovens falando para jovens. Promovemos uma roda de conversa com os líderes de cada sala de aula e depois são eles mesmos que aplicam a intervenção junto aos colegas”, afirma Alessandra. “Os professores ajudaram muito nosso trabalho a se desenvolver. A gente não tinha noção do quanto eles conheciam os alunos e estavam cientes, e isso nos surpreendeu quando nos ajudaram a identificar quem eram os líderes de cada turma”, conclui Catharina.
