Dante recebe selo de Escola Digital Segura e palestra de Patricia Peck

Publicado em 21 de junho de 2018 às 13:06
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A doutora Patricia Peck, advogada especialista em direito digital, fez uma palestra no Dante no dia 12 de junho sobre segurança na internet. Peck tem 18 livros publicados e é presidente do Instituto i-Start, criado em 2010 com a missão de levar mais educação sobre ética e segurança digital para as famílias brasileiras. Com o tema “A internet é a rua da era digital”, a palestra abordou cuidados nos grupos de WhatsApp e combate ao bullying. Na ocasião, o Dante recebeu mais uma vez o selo de Escola Digital Segura, certificação desenvolvida pelo i-Start para apoiar as instituições de ensino no uso ético, seguro, saudável e legal dos recursos tecnológicos dentro e fora da sala de aula. O prêmio foi recebido pelo dr. José Luiz Farina, presidente do Colégio; e pela professora Silvana Leporace, diretora-geral pedagógica.

Mãe de uma menina de 19 anos e de um menino de 11, a advogada compartilhou muitas experiências pessoais com os pais presentes no auditório Miro Noschese. “Meu filho ama videogame e joga muito on-line. Então, desde cedo temos que ficar sempre de olho e ensinar ética, desde não trapacear na partida até os limites de horário e interações com outros jogadores”, comentou ela. Peck encara a web como uma via pública, onde é preciso ter cuidado com a exposição. E, assim como jamais se deixaria uma criança sozinha no meio da rua, é preciso cuidar de toda a atividade dos filhos na internet, exercendo o controle parental. Afinal, de acordo com o Código Civil, tudo o que crianças e adolescentes menores de 18 anos publicam é responsabilidade dos pais – e pode render de multas a processos. Por isso, a vigilância se faz necessária também no ambiente digital.

A questão do cyberbullying é bastante delicada, mas também é preciso tomar cuidado com a superexposição, que é mais grave no Brasil do que em outros países. “Tudo o que postamos deixa um rastro, um registro, que chamamos de pegada digital. E é praticamente impossível apagar totalmente, por mais que se exclua aquele post. Aqui no Brasil, as crianças começam a usar o celular com apenas 8 anos. Nos EUA e na Europa, a média é de 12 anos. A idade que mais costuma dar problema com incidentes digitais é a faixa dos 10 aos 12 anos, porque a criança já possui seu próprio celular e usa os aplicativos mesmo sem ter a idade mínima exigida, e aí não tem maturidade, não pensa nas consequências do que posta e não tem supervisão dos pais”, explica Patricia.

Segundo ela, o adolescente recebe hoje, em média, 1700 mensagens de WhatsApp por dia. É preciso ter muita moderação e saber administrar o tempo para poder usar o celular sem prejudicar o rendimento escolar. “Se o celular estiver atrapalhando nos resultados acadêmicos, é necessário tirá-lo e limitar o seu uso. A criança precisa aprender a administrar o tempo e usar aparelhos eletrônicos apenas no momento certo”, conclui a advogada.

COMO SE PROTEGER?

Confira algumas dicas da doutora Patricia Peck para proteger sua família na internet:

– Evite fazer check-in nas redes sociais para não expor os locais que costuma frequentar;

– Preste atenção à idade mínima exigida pelos aplicativos e redes sociais: a maioria deles só pode ser usada a partir dos 13 anos (WhatsApp, Facebook, Youtube, Instagram);

– Não deixe que seu filho acesse as redes sociais durante a madrugada;

– Jamais compartilhe informações pessoais, como endereço e telefone; nem exponha as posses da família (carro, imóveis etc.);

– Libere o uso do celular aos poucos. A criança pode começar tendo permissão para usar apenas aos finais de semana e, depois que conseguir administrar melhor o tempo, durante a semana toda, para não atrapalhar os estudos;

– Estipule regras de acordo com a idade do seu filho – até 12 anos é criança e dos 12 aos 18 é adolescente. Afinal, as crianças precisam de mais vigilância e os jovens já podem ter mais autonomia, necessitando apenas de supervisão;

– Combine horários-limite para o uso de internet. Não pode passar a noite em claro on-line. O ideal é proibir o uso tarde da noite e durante a madrugada;

– Considere a faixa etária de 12 anos para o começo do uso do celular, por mais que os colegas de classe do seu filho já tenham o próprio aparelho antes disso. Juridicamente, é nessa idade que o indivíduo deixa de ser criança; e a maioria das redes sociais, sites e aplicativos pede uma idade mínima de 13 anos para uso.

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