Dante recebe selo de escola digital segura

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 18:01
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O Colégio Dante Alighieri recebeu, no início de 2014, o selo i.Start de Escola Digital Segura. Conferido pelo instituto i.Start, que lida com temas relacionados à cidadania e à ética digital, o título é concedido a instituições que trabalham em diversas frentes, como a capacitação de professores, a realização de palestras para alunos e a promoção de ações de conscientização para ampliar a segurança em tecnologias digitais.

A advogada responsável pelo instituto, dra. Guataí de Paula, explicou o processo para a obtenção do selo. “Trabalhamos, em princípio, com um questionário elaborado com fundamentos da segurança da informação. Mas as questões lidam com peculiaridades do âmbito educacional, já que escolas têm exigências completamente diferentes de indústrias e empresas em geral”, afirmou.

Em seguida, conforme a advogada, um especialista vai à instituição (no caso, a própria dra. Guataí veio ao Dante) fazer a conferência das respostas marcadas. “Depois da avaliação presencial, elaboramos um relatório, com o panorama da instituição em termos de tecnologia. Fazemos uma análise daquele momento, e, se necessário, indicamos os próximos passos que a instituição deve dar para obter o selo.”

Ela explicou que o conhecimento sobre ética e segurança na internet pode resultar em grandes diferenças na vida da comunidade. “Percebo que as pessoas educadas para usar a tecnologia conseguem extrair o melhor dela. Isso só acontece quando se sabe reconhecer a informação valiosa e não aceitar a mentirosa”, disse.

Guataí ressaltou que o ideal é mostrar aos usuários das tecnologias digitais como usar as ferramentas de maneira consciente e comedida. “Assim como no mundo físico, eles precisam distribuir o seu tempo entre lazer e aprendizado. E, se possível, reunir os dois. E, é claro, tudo de maneira correta. O fato de uma criança passar o dia inteiro na internet não é, por si só, ruim. Deve-se analisar o que ele fez nesse tempo. Como ele conseguiu, por exemplo, o livro que está lendo? Baixou legalmente ou foi por meio da pirataria?”, questionou.

Essa conscientização também se estende às atitudes sem ligação direta com as escolas, tendo em vista que práticas antiéticas podem resultar em consequências drásticas. “Sabemos que o pior pode acontecer. É sempre triste saber de meninas que cometem suicídio depois de ter fotos íntimas compartilhadas. Se as pessoas – tanto as que se expõem quanto as que compartilham – forem educadas desde cedo sobre questões éticas, de privacidade e segurança, a situação pode ser diferente. Todos precisam aprender a compartilhar informação legalmente, a não prejudicar, a não ser agressivo.”

Para a diretora-geral pedagógica, professora Silvana Leporace, a escola deve contribuir com orientações sobre tecnologias digitais. “Novas ferramentas surgem todos os dias, e devemos dar grande atenção ao mundo digital. Precisamos ajudar na formação das pessoas, para que elas sejam orientadas a usar as ferramentas da melhor maneira possível. As ferramentas podem resultar em uso positivo, mas também podem causar danos inimagináveis. Portanto, a conscientização é essencial”, afirmou.

A coordenadora do Departamento de Tecnologia Educacional, professora Valdenice Minatel, comentou a importância do selo concedido pelo instituto. “A certificação é parte de um processo iniciado pelo Colégio há bastante tempo, dando grande atenção a questões sobre ética e segurança digital. O selo valida essas iniciativas, que certamente precisam continuar. Nos dias de hoje, a educação a respeito da cidadania na sociedade digital é fundamental, tendo em vista as tecnologias a que temos acesso”, disse.

Questionário

O questionário tem quatro níveis. O primeiro deles aborda a infraestrutura da instituição, começando pelo básico, que é a existência das ferramentas necessárias para o uso público da tecnologia, mas se aprofunda em peculiaridades. “Analisamos, por exemplo, se o acesso às portas USB é permitido ou bloqueado. Se permitido, deve ser feito com segurança, com o suporte de um antivírus para examinar os itens conectados ao computador”, disse.

A análise avança depois sobre o uso correto das ferramentas dentro da instituição. “A escola informa aos alunos e aos colaboradores o que é permitido e o que não é? Há uma regulamentação para o devido uso dos aparatos? Há recomendações e manuais que podem oferecer esclarecimentos à comunidade, algo que afeta inclusive os parentes dos alunos?”, explicou.

O terceiro âmbito do questionário é o da inserção pedagógica do debate, em torno do qual a dra. Guataí destacou o seguinte ponto: “O uso seguro das ferramentas está inserido na grade pedagógica? Simplesmente apresentar algo aos pais durante reuniões, só para dizer que trabalha com isso, não é o correto. Seu uso nem mesmo pode se limitar à parte administrativa da instituição. Isso tem sido feito, atualmente, com a criação de departamentos de tecnologia educacional nas escolas”, afirmou.

A última parte das questões trata diretamente de práticas relacionadas a pessoas que não estão diariamente na escola. A esse respeito, lembrou a advogada: “Há a transmissão adequada de conhecimento, por exemplo, aos pais do aluno? Muitas vezes a escola trabalha de um modo com que os parentes não se familiarizaram. Enquanto falamos da ilegalidade em compartilhar fotos de menores de idade sem autorização de um responsável, podemos ver pais compartilhando fotos de bebês. O ensino deve se estender a todos para não haver incoerências desse tipo.”

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