Dante participa de guidebook sobre aprendizagem criativa

Publicado em 1 de abril de 2019 às 13:11
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Cerca de 30 professoras do Dante participaram da elaboração de dois guidebooks (guias para professores) do Programa de Aprendizagem Criativa, feitos em parceria com a Faber-Castell para a implementação dos métodos em sala de aula. Os livros, divididos em dois volumes (para o 1º e o 2º ano do Ensino Fundamental), foram entregues para o corpo docente do Colégio nos dias 26 de fevereiro e 12 de março, incluindo páginas com agradecimentos especiais a todas as professoras que participaram do projeto.

O Programa de Aprendizagem Criativa tem como objetivo transformar as salas de aula em micromundos de aprendizagem que alimentem a extraordinária capacidade de inovação e expressão criativa das crianças. Com as atividades, as crianças são encorajadas a pensar de maneira diferente e explorar novos conceitos de forma envolvente e muito enriquecedora. A energia e a curiosidade geradas nas atividades dos micromundos podem, então, ser direcionadas para a exploração de outros tópicos curriculares ou expansão das temáticas trabalhadas. O Dante trabalha com essa metodologia há mais de dois anos, com aulas desenvolvidas em parceria entre os departamentos de Tecnologia e Arte. “As equipes de Arte e Tecnologia trabalham juntas na construção das aulas e dos micromundos, que é como chamamos os projetos a serem desenvolvidos nas aulas de aprendizagem criativa”, explica a professora Maria Beatriz Perotti, coordenadora do Departamento de Arte. “Fizemos rodas de conversas sobre abordagem pedagógica para alinhar os micromundos ao calendário do Dante, que trabalhamos em sala de aula”, complementa a professora Verônica Cannatá, coordenadora do Departamento de Tecnologia.

As professoras participaram ativamente da elaboração dos guidebooks, aplicando as atividades em sala de aula e dando um valioso feedback sobre a experiência para a Faber-Castell e Leo Burd, professor e pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que é especialista em aprendizagem criativa e foi contratado pela Faber para desenvolver o projeto e atuar como mentor. O primeiro guidebook, voltado para estudantes de 1º ano, foi feito em 2017 – mas ganhou uma edição atualizada e revisada em 2019, já relacionando os temas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Já o segundo volume, para alunos de 2º ano, é lançamento.

 

Cultura maker

Desde 2017, o Colégio conta com uma sala especial no edifício Michelangelo, chamada de “Espaço de Criatividade”, que é voltada para crianças do 1º ano e também nasceu da parceria entre o Dante e a Faber-Castell. O espaço é totalmente desenhado para acolher as crianças e estimular a criatividade, sendo muito colorido, funcional e divertido e oferecendo aos pequenos todo tipo de material para que construam projetos à mão, de sucata a tinta e lápis de cor, além de uma impressora 3-D. Em 2019, as aulas de aprendizagem criativa foram estendidas até o 3º ano do Ensino Fundamental e, para os alunos de 2º e 3º ano, em vez de acontecerem no Espaço de Criatividade, as atividades são realizadas diretamente na sala de aula, com o uso de um “carrinho maker” equipado com diversos materiais, como sucata, ferramentas e cola quente. “A aprendizagem criativa mudou a configuração da sala de aula. Faz todo sentido trabalhar a metodologia dentro da classe, abordando mais matérias. Para esses alunos, arte e tecnologia estão integradas e queremos cada vez mais trazer essa interdisciplinaridade”, explica Verônica. “A partir do 3º ano, a aprendizagem criativa é feita pelo Dante de forma independente, já fora da parceria com a Faber-Castell, e queremos levar a metodologia até o 5º ano do Ensino Fundamental, desenhando um currículo que vá ao encontro das Práticas de Projetos Interdisciplinares (PPI) do Ensino Médio”, conta.

“Vivemos em um mundo altamente conectado, com mudanças rápidas, e isso exige uma nova forma de aprendizagem que forme indivíduos mais articulados, conscientes, inovadores e colaborativos. A aprendizagem criativa veio para ficar, promovendo novas experiências aos alunos por meio de vivências e interações, garantindo um aprendizado carregado de significado. A dinâmica das salas de aula com a proposta da cultura maker ficou muito interessante e atual, pois coloca o aluno como participante ativo de sua aprendizagem e sujeito de interação”, afirma a professora Angela Martins, coordenadora-geral pedagógica da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I. Angela explica que a “cultura maker” inspira-se na espiral de criatividade (formada por imaginação, criação, compartilhamento e reflexão) para o desenvolvimento de projetos: “Este tipo de trabalho influenciará beneficamente o desenvolvimento pessoal, social, intelectual e acadêmico, proporcionando uma ampla formação ao indivíduo voltada para a reflexão e para a crítica e com muito respeito ao coletivo”.

“Para o Departamento de Arte, o ‘fazer’ sempre fez parte do nosso dia a dia com os alunos no ateliê. Incorporar a cultura maker nas outras disciplinas em sala de aula para a resolução de problemas torna o trabalho muito mais proveitoso e interessante, quando o aluno descobre por si mesmo as respostas para diversas questões. Na prática, com a mão na massa, seu envolvimento é muito maior e mais dinâmico, e o aluno se sente importante porque participa ativamente do processo de aprendizagem”, complementa Maria Beatriz.

Pensando fora da caixa

“Acredito que a criatividade pode ser incentivada de várias formas. Precisamos, em primeiro lugar, encantá-los com a nossa proposta. Depois permitir que se expressem, falando sobre suas ideias a respeito do tema. Ainda, proporcionar descobertas individuais ou em grupo e mais ainda aceitar que cada estudante tem um ritmo de aprendizado e uma atuação em sala que são próprias, respeitando as diferenças. Acolher as ideias de todos encorajando-os a prosseguir nas suas escolhas. Incentivá-los a pensar ‘fora da caixa’, para que possam imaginar, inventar e planejar protótipos. E, finalmente, valorizar suas criações, sem desejar impor ‘melhores maneiras’ de fazer, aceitando o produto como parte do aprendizado, freando nossos desejos particulares em mostrar o certo e o errado, sabendo que cada concepção é única”, diz Maria Beatriz. “Estamos crescendo ano a ano e multiplicando o número de professoras de sala que participam ativamente de todo o processo. Foi um projeto inovador que deu muito certo! E a aprendizagem criativa não tem idade: há dois anos oferecemos oficinas aos pais, que ficaram maravilhados com a experiência, participando, criando e construindo os seus próprios protótipos”, conclui ela.

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