PROJETOS

Desenvolvimento de camarões geneticamente modificados: Uma estratégia para combater a reação de hipersensibilidade em aléegicos

Aluno: Carolina Previdi Mesquita Barroso
Prof. Orientadores: Camila Lauand Rizzo
Prof. Coorientador(a): Carolina Lavini Ramos e Sandra M. Rudella Tonidandel

Ano: 2017

Premiações

Descrição

Os frutos do mar, com destaque para os crustáceos, são fontes frequentes de alergia alimentar em todo o mundo, pertencendo ao grupo dos oito alimentos que mais despertam reações alérgicas. Se não forem corretamente encaminhados ao hospital, os alérgicos podem chegar até a desenvolver um processo de anafilaxia, podendo levar à morte em casos mais extremos. Além de sua ingestão direta, outro fator de risco de alergia é a contaminação cruzada, ou seja, o uso dos mesmos utensílios no preparo de frutos do mar em outros alimentos. Além disso, há a reatividade cruzada, que caracteriza-se pelo consumo de animais de outros grupos, como moluscos e artrópodes, que contenham epítopos da proteína alérgena dos crustáceos, a tropomiosina. Ela é essencial para a contração muscular tanto de vertebrados quanto invertebrados, contudo apenas as presentes nos invertebrados são alergênicas. Dentre os crustáceos, os camarões, alvo da pesquisa, são as fontes alergênicas mais comuns. O objetivo dessa pesquisa é verificar se os camarões sobreviveriam possuindo genes que codifiquem não a tropomiosina original; mas as mutantes, as quais já foram fabricadas em um estudo anterior, em que o foco se encontrava somente na modificação das proteínas. Uma das tropomiosinas expressas teria os epítopos alergênicos deletados, enquanto a outra os teria substituídos pelos epítopos de um peixe, cuja tropomiosina não é alergênica, uma vez que se trata de um vertebrado. Se os camarões sobreviverem, essa pesquisa estudará se os alérgicos desenvolvem algum tipo de reação alérgica ao ingerir o camarão geneticamente modificado. Essa pesquisa seria importante, em grande parte, para que os alérgicos a crustáceos não desenvolvessem a reação alérgica e que não corressem risco de vida ao consumir esses alimentos. Como uma consequência e contextualização socioeconômica, o consumo de camarões poderia até mesmo fazer com que os níveis socioeconômicos de uma cidade produtora de camarões geneticamente modificados aumentassem, já que se trata de mais uma nova opção alimentar nutritiva e abundante, e que, portanto, não pode ser alergênica.

Palavras-chave: alergia alimentar, camarões geneticamente modificados, tropomiosina