PROJETOS

Influência de diferentes comprimentos de onda luminosa no desenvolvimento in vitro de Catasetum fimbriatum

Alunos: Carolina Ferreira, Frank Walwyn, Jessica Alexandre e Leticia Bello
Profª. Orientador(a): Nilce de Angelo
Profª Coorientador(a): Sandra Maria Rudella Tonidandel

Ano: 2014

Premiações

Descrição

          Nosso projeto com as orquídeas da espécie Catasetum fimbriatum envolve o estudo da influência da luz sobre o crescimento dessa planta em condições controladas de laboratório. O objetivo principal desse projeto era comparar o desenvolvimento dessa espécie sob luz branca, vermelha e azul, para verificarmos qual a influência dos diferentes tipos de luminosidade sobre o crescimento da planta. Esse estudo foi desenvolvido com a intenção de contribuir com possíveis modificações no protocolo padrão utilizado no laboratório para realizar o desenvolvimento dessas plantas in vitro. As plantas utilizadas no projeto foram obtidas através da técnica de clonagem por estiolamento, de modo a reduzir a influência da variação genética sobre os resultados. Depois de separarmos as gemas das plantas e colocarmos em frascos com meio de cultura apropriado para o desenvolvimento das mesmas, as plantas cresceram em um fotoperíodo de 12 horas de claridade e 12 horas de escuro. No entanto, um grupo de 10 frascos foi iluminado somente com luz azul, um segundo grupo somente com luz vermelha e um terceiro grupo de 10 frascos foi iluminado com luz branca (controle). As plantas separadas nas caixas com luminosidade vermelha e azul foram lacradas para que não houvesse influências externas de luminosidade sobre seu desenvolvimento. Após abrirmos as caixas, foram mensurados o tamanho de folha, o tamanho da raiz e a massa fresca dos 3 tratamentos.  As plantas submetidas ao tratamento da luz vermelho tiveram, em média, a raiz mais desenvolvida que a dos outros grupos (controle: 4,13 cm; azul: 4,22 cm; vermelha: 4,45 cm). No entanto, a diferença entre os resultados não se mostrou significativa (controle/azul: P=0,808; controle/vermelha: P=0,422). Com relação à massa fresca, o grupo que apresentou o maior valor médio foi o das plantas crescidas sob luz azul (controle: 0,46 g; azul: 0,54 g; vermelha: 0,45 g). As diferenças entre os grupos, no entanto, também não se mostraram significativas (controle/azul: P=0,202; controle/vermelha: P=0,887). O comprimento das folhas foi, em média, maior no grupo controle que nos outros dois tratamentos (controle: 12,10 cm; azul: 8,92; vermelha: 9,59 cm). A diferença entre o comprimento do grupo controle e dos outros dois grupos se mostrou significativa (controle/azul: P<0,001; controle/vermelha: P=0,003). Uma outra diferença que notamos foi que as folhas das plantas crescidas sob luz vermelha não estavam completamente expandidas e sua coloração estava bem mais clara, o que pode indicar uma falta de produção de clorofila. O tratamento de luz azul teve um bom desenvolvimento nas folhas e sua coloração estava bem forte. Já as plantas do grupo controle apresentaram uma coloração próxima ao tratamento da luz azul e folhas bem expandidas. Nós concluímos, portanto, que tanto o tratamento com a luz azul quanto o tratamento com a luz vermelha levaram a alterações no crescimento das plantas, pois elas apresentaram folhas significativamente menores que as do grupo controle. Essa diferença pode estar relacionada a um processo de estiolamento, o que é evidenciado pela diferença de coloração notado entre o grupo crescido sob a luz vermelha. Palavras-chave: comprimento de onda luminosa, desenvolvimento vegetal, crescimento in vitro.