PROJETOS

Poluição Indoor: avaliação do efeito dose-resposta da exposição da fumaça do cigarro em câmara de fumoutilizando Tradescantia pallida.

Aluno: Flávio Pelone
Profª. Orientadora: Regina Marques Marcók
Profª Coorientadora: Sandra Maria Rudella Tonidandel

Ano: 2013

Premiações

 

Descrição

         Exposições ambientais a diferentes níveis de poluição atmosférica têm sido associadas ao aumento de inúmeras doenças. Entretanto, há doenças pulmonares cujo principal fator de desenvolvimento é a exposição à fumaça do cigarro. Poluição indoor é o termo utilizado para a poluição em ambientes fechados. Diversas plantas, comumente denominadas bioindicadoras, têm sido utilizadas para monitorar a poluição ambiental. Entre elas, a Tradescantia pallida uma planta muito utilizada. Estudos comprovam a eficácia desta planta como bioindicadora através da técnica de identificação de micronúcleo para detectar a presença de agentes mutagênicos. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito dose-resposta da exposição à fumaça do cigarro em câmara de fumo utilizando o teste de micronúcleo em Tradescantia pallida. Foi feita a coleta de 220 hastes contendo as inflorescências, seguida da exposição das hastes à fumaça de cigarro em uma câmara de fumo e intoxicação pela água (aquário) para posterior leitura em microscópio óptico. Na primeira exposição, as hastes foram dividas em 5 grupos experimentais, com 20 hastes cada. Os grupos de exposição foram: 1 controle positivo (solução de formol a 0,2% durante 8 horas), 1 controle negativo (com água durante 8 horas) e 3 grupos de exposição de 1, 2 e 4 horas. Como resultados da fase 1, foi encontrada uma tendência de aumento da taxa de micronúcleos no grupo de 2 horas embora não haja diferença estatisticamente significante entre os grupos. Após estes resultados, foi feita uma segunda exposição com mais três grupos de 1, 2 e 4 horas imersos em água, recebendo a fumaça do cigarro pela mesma, e um outro controle positivo com 0,3% de formol, além da repetição da fase 1. Nesta segunda fase, foi observada uma taxa de células picnóticas no grupo controle positivo (0,3% formol) e os grupos experimentais sem diferença significativa com relação ao controle. Estes resultados nos levam a outras hipóteses: pode indicar que um quantidade de horas maior deva ser necessária para que a taxa de mutação seja significativa ou que as plantas coletadas tenham alguma adaptação à alta exposição de poluentes, já que foram retiradas de uma região na cidade de são Paulo com grande exposição à poluição atmosférica.