PROJETOS

A influência das diferentes frequências sonoras no desenvolvimento de Catasetum fimbriatum in vitro

Alunas: Beatriz Martins de Freitas, Clara Helena Fernandez Marins e Paula Bononi Vertoni
Profª. Orientador(a): Nilce de Angelo
Profª. Coordenador(a): Sandra Maria Rudella Tonidandel

Ano: 2013

Premiações

4º lugar em Ciências Animais e das Plantas na MOSTRATEC 2013

Credenciamento ao V MOCINN, Paraíba em 2014, recebido na MOSTRATEC 2013

Descrição

          As orquídeas, além de serem almejadas por sua beleza e perfume, ocupam uma posição de destaque por produzirem substâncias que participam da composição de diversos produtos farmacológicos, além de possuir papel fundamental no reflorestamento de espaços desmatados. Algumas espécies já foram extintas, outras estão ameaçadas ou em más condições de desenvolvimento, principalmente nos grandes centros urbanos, onde a poluição ambiental e sonora apresentam-se elevadas. Experimentos da influência de ondas sonoras no desenvolvimento de plantas têm sido controversos, pois além de escassos, as condições experimentais não foram especificadas. Nossa questão problema é entender se as ondas sonoras podem influenciar diferentemente o desenvolvimento de plantas. Nossa hipótese é que diferentes frequências sonoras podem interferir significativamente no desenvolvimento das orquídeas.
Assim, nosso objetivo é verificar a influência das frequências sonoras de 9 000 Hz e 15 000 Hz no desenvolvimento de plantas da espécie Catasetum fimbriatum. Consideramos que essa pesquisa possa trazer informações importantes com aplicações na agricultura e na clonagem de plantas in vitro, podendo também ampliar a compreensão dos processos fisiológicos de desenvolvimento vegetal. As plantas utilizadas foram doadas pelo Laboratório de Fisiologia Vegetal da Universidade de São Paulo. A parte experimental iniciou-se com a clonagem por estiolamento, em seguida, os caules assim produzidos foram seccionados para o isolamento das gemas laterais, que foram inoculadas em meio de cultura USP em fluxo laminar. O período de incubação das gemas foi de três meses experimentais, nos quais ficaram submetidas a um fotoperíodo de 12 horas sob temperatura constante de 26° C +/- 1º C. Foram realizados 3 tratamentos: um controle e outros dois, onde as plantas se desenvolveram sob a influência de frequências sonoras constantes de 9 000 Hz e 15 000 Hz. Após três meses, o experimento foi desmontado e as plantas foram cuidadosamente medidas. Os parâmetros utilizados foram massa fresca das plantas, número e tamanho de folhas e raízes, número de gemas laterais e tamanho do caule. O melhor desenvolvimento observou-se nas plantas controle. Como resultados inéditos para este gênero de orquídeas, pudemos verificar que algumas plantas submetidas a 9 000 Hz sofreram estiolamento e desenvolveram pelos absorventes nas raízes.