PROJETOS

TPM: Tempo Para Mudanças

Alunas: Ana Carolina Paixão de Queiroz e Gabriela Pane Farias
Profª. Orientador(a): Rita Maria Saraiva de Barros
Profª Coorientador(a): Sandra Maria Rudella Tonidandel

Ano: 2012

Premiações

Descrição

         Atualmente é crescente número de adolescentes que menstruam mais cedo do que as adolescentes de outras gerações. Além disso, é frequente que as adolescentes sofram com a chamada tensão pré-menstrual (TPM). De acordo com o Dr. Eliezer Berenstein, a TPM é uma doença que atinge de 30 a 40% das mulheres, desde a adolescência até o climatério. As mulheres portadoras dessa síndrome são ridicularizadas, prejulgadas e desvalorizadas, já que – por buscarem justificar seus problemas escolares e emocionais em fatos que, aos olhos alheios, são inexplicáveis – acabam recebendo a fama de exageradas, fingidoras e preguiçosas. Além disso, a TPM não ataca órgãos específicos e tampouco é detectável por exames laboratoriais. Ela decorre de alterações físicas, emocionais e comportamentais, que frequentemente se apresentam mais ou menos 10 dias antes da chegada da menstruação. Há ainda que se considerar que existem quatro tipos mais importantes de TPM, segundo a Drª. Mara Diegoli: o Tipo A (ansiedade, irritabilidade e oscilações do humor); Tipo C (compulsão por açúcar, fadiga e dor de cabeça); Tipo D (depressão, confusão, insônia e perda de memória); Tipo H (inchaço, ganho de peso e seios doloridos).
O que nos trouxe a ideia do nosso projeto foi um interesse na área de saúde e comportamento feminino. Entender como as meninas se relacionam com esse processo e como lidam com os sintomas da TPM é importante para traçar planos educacionais de autoconhecimento e de gerenciamento consciente de suas relações interpessoais durante os períodos de TPM. Acreditamos que os resultados interessariam muito às adolescentes e aos educadores, uma vez que a prevalência da doença na adolescência é alta, afetando o rendimento escolar e motivando, muitas vezes, um comportamento hostil no colégio e problemas de relacionamento.
Nossa metodologia foi desenvolver questionários para cerca de 180 alunas, analisar as categorias e propor formas de abordagem a partir dos resultados. Elaboramos um plano não só para compreender como as adolescentes se comportam no período pré-menstrual e qual relação estabelecem com as alterações provocadas pela síndrome, mas para, posteriormente, introduzir métodos no meio escolar que levem as alunas ao autoconhecimento, além de quebrar tabus e melhorar a condição de vida delas.