PROJETOS

Tecendo saúde: a tecitura de novos fármacos a partir da teia de aranhas III

Aluno(a): Leonardo Oliveira Bodo
Profº. Orientador: Pedro Ismael Junior
Profa. Co-orientadora: Sandra M. R. Tonidandel.
Ano: 2012.

Premiações

1º Lugar em Ciências da Saúde na FEBRACE 2012
1º Lugar em Rigor Científico na FEBRACE 2012
Intel-Isef: viagem para Pittsburg nos EUA, em maio de 2012, compondo a delegação brasileira.
Destaque: um futuro mais inteligente - prêmio oferecido pela IBM com direito a uma visita guiada às instalações da IBM e um curso de inglês on line.
4º lugar em Bioquímica e um prêmio no valor de US$ 500,00
Um estágio de verão pago em uma das sedes da empresa Agilent Technologies alinhadas à linha de pesquisa do aluno.

 

Descrição

       Doenças, sejam estas infecciosas ou degenerativas, representam uma das maiores causas de morte anual e são responsáveis por 20 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Pesquisas demonstraram que bactérias resistentes aos antibióticos convencionais têm sido selecionadas com freqüência.
       Os tratamentos para doenças causadas para viroses e cânceres, apesar do avanço em pesquisas, ainda precisam ser desvendados e potencializados.  Levando em conta tais dados, o objetivo desta pesquisa é o de encontrar novas drogas capazes de reduzir e tratar a proliferação destas doenças. Partindo deste ponto, a hipótese é de que estas novas drogas poderiam ser encontradas na ooteca da aranha Phoneutria nigriventer e na teia protetora da aranha Avicularia SP. Isto porque as teias protegem fisicamente  os ovos, as caças e mesmo a própria aranha e, hipoteticamente, também contra possíveis ataques contra ataques biológicos.
       Com a hipótese elaborada eu pude iniciar a metodologia laboratorial de identificar, isolar e caracterizar estas novas drogas. A amostra foi fracionada pelo processo de purificação chamado Cromatografia Líquida de Alta eficiência (CLAE). Com estas frações, testes antimicrobianos com bactérias, fungos, vírus e células cancerígenas foram feitos.
       Os resultados obtidos foram 11 frações com atividade antimicrobiana. Entre estas, duas frações de massas 1338Da e 1193.5Da (baixo peso molecular), apresentaram caráter peptídico e foram seqüenciadas. Estas duas apresentaram atividade com baixa concentração contra oito fungos resistentes, mostrando, ainda, nula a atividade citotóxica em cultura celular de rim de boi. A sequência parcial de ambas moléculas foi adquirida caracterizando como moléculas inéditas de acordo com banco de dados de proteínas, BLAST.        Testes antivirais foram feitos e não demonstraram atividade antiviral. Testes cancerígenos já estão em andamento.