PROJETOS

SCADER: Sistema de captação, armazenamento e distribuição da energia de relâmpagos

Alunos: : Ayrton Antonio Coruzza e Victor Ramos de Oliveira
Profª. Orientador(a): Eraldo Rizzo de Oliveira
Profª Coorientador(a): Sandra Maria Rudella Tonidandel

Ano: 2012

Premiações

Descrição

         Diante da tendência moderna de busca por fontes renováveis de energia, diversas pesquisas e iniciativas são apresentadas explorando a energia solar, os ventos, a maré, biomassa dentre outros. Existe, contudo uma energia que ainda não está sendo usada como poderia: a energia dos relâmpagos. É compreensível o porquê disto: em geral, a falta de periodicidade, a dificuldade de previsão de onde eles ocorrerão e a baixa energia por conta da rapidez com que ocorrem na atmosfera, somado a outros fatores técnicos e logísticos, torna pouco atraentes pesquisas mais empenhadas nesta área. Entretanto, pensamos que toda pesquisa é válida quando visa aproveitar a energia disponível na natureza com o mínimo de impacto ambiental. Em princípio é o caso dos relâmpagos. A cidade de são Paulo é umas das cidades do mundo com maior número de relâmpagos por ano, chegando a registrar 2264 relâmpagos em média por dia. Outros 38 mil raios caem em todo território nacional em um dia com temporais. Por conta dessa avalanche de raios, é registrada anualmente a média de 132 pessoas mortas em todo o país, além de um prejuízo de aproximadamente R$ 1 bilhão, sendo R$ 600 milhões somente para o setor elétrico. Isto sem contar a morte de gado, queimada de árvores e danificação da infraestrutura em geral. Um relâmpago pode ser constituído por uma ou várias descargas, chamadas descargas de retorno. No primeiro caso, ele é chamado de relâmpago simples e, no segundo, de relâmpago múltiplo. Cada descarga de retorno dura algumas centenas de microssegundos e, em relâmpagos múltiplos, o intervalo de tempo entre descargas de retorno consecutivas é tipicamente 40 milissegundos. Quando o intervalo de separação entre as descargas de retorno é próximo de 100 milissegundos, o relâmpago é visto piscar no céu. A tensão de um relâmpago gira em torno de 10 MV (milhões de Volts) com altíssimas correntes também: de 10 a 80 kA, (mil Ampàres). Nossa proposta consiste em elaborar um protótipo capaz de, em escala reduzida, captar e armazenar a energia de descargas elétricas, a fim de poder ser utilizada em alguma tarefa diária. Nosso protótipo faz referência ao sistema de para-raios já existentes, envolvendo-os com bobinas capazes de induzir correntes elétricas quando os relâmpagos são captados pelos para-raios. Através de uma bobina de Tesla, pretendemos produzir as fagulhas que simularão os relâmpagos. Nosso projeto se baseia nas leis do eletromagnetismo, de acordo com as leis de Ampàre e de Faraday.