PROJETOS

Efeito de peptídeo isolado contra soro de mulheres com carcinoma do colo uterino sobre a proliferação de linhagem tumoral

Aluna: : Giulia Maria Ramella
Profª. Orientador(a): Carolina Lavini Ramos
Profª Coorientador(a): Sandra Maria Rudella Tonidandel

Ano: 2012

Premiações

Descrição

         Atualmente, o câncer do colo de útero é responsável por 6,6% do total de mortes por câncer das mulheres brasileiras, sendo a 4ª causa de óbitos, configurando-se como o terceiro tipo de câncer mais comum entre mulheres. Existem diversos tratamentos que controlam seu crescimento, e outros que matam as células cancerosas, curando o paciente. Alguns exemplos destes tratamentos são a quimioterapia, radioterapia e a cirurgia oncológica que geram uma série de efeitos colaterais indesejados. Não somente o mal-estar pelo qual o paciente passa, mas também os danos causados nas células saudáveis em volta do tumor. Assim, fica clara a importância do desenvolvimento de tratamentos mais específicos, que não causem efeitos colaterais indesejados. Uma das possibilidades é a identificação de moléculas produzidas especificamente pelos tumores. Em uma abordagem realizada pela pesquisadora Dra. Luisa Lina Villa (ICESP e Santa Casa de Misericórdia de SP) peptídeos foram previamente selecionados pelo método de “Peptide Phage Display". A pesquisadora isolou sequências peptídicas que potencialmente correspondem a antígenos tumorais de pacientes com tumores do colo uterino. Dessa experiência foram selecionados 4 peptídeos que se ligaram a anticorpos de mulheres com tumores do colo uterino, totalmente novos na literatura científica e as moléculas alvo deste trabalho. Estudos preliminares com um dos peptídeos, HPV1, mostram que esses peptídeos podem reduzir o crescimento tumoral, porém os mecanismos de ação dos mesmos não é conhecido. O mecanismo pode ser direto, inibição da proliferação de células tumorais, ou indireto, indução de respostas imunes contra o tumor. Assim, nosso objetivo é investigar se esses peptídeos tem efeito sobre a proliferação de uma linhagem tumoral in vitro. Portanto, iniciamos testes com a linhagem TC-1, onde as células são ou não tratadas com os peptídeos de interesse e avaliadas em relação à proliferação e adesão. Nossos resultados preliminares indicam que as células tratadas com o peptídeo HPV1 apresenta menor potencial de proliferação e maior adesão ao substrato e outras células. Assim, nossa conclusão inicial é que o peptídeo HPV1 tem efeito na proliferação das células tumorais.