PROJETOS

Tecendo saúde: a tecitura de novos fármacos a partir da teia de aranhas.

Aluno: Leonardo Oliveira Bodo.
Profa. Orientadora: Sandra M. R. Tonidandel.
Ano: 2011.

Premiações

Laureado na categoria "Microbiology Awards" pela American Society for Microbiology (ASM).

Prêmio de U$ 250,00 e tornou-se um membro da associação, tendo o direito de receber mensalmente o periódico da referida entidade e poder acessar publicações exclusivas para membros associados.

Descrição

Doenças, sejam estas infecciosas ou degenerativas, representam uma das maiores causas de morte anual e são responsáveis por 20 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Pesquisas demonstraram que bactérias resistentes aos antibióticos convencionais têm sido selecionadas com freqüência. Os tratamentos para doenças causadas para viroses e cânceres, apesar do avanço em pesquisas, ainda precisam ser desvendados e potencializados . Levando em conta tais dados, o objetivo desta pesquisa é o de encontrar novas drogas capazes de reduzir e tratar a proliferação destas doenças. Partindo deste ponto, a hipótese é de que estas novas drogas poderiam ser encontradas na ooteca da aranha Phoneutria nigriventer e na teia protetora da aranha Avicularia SP . Isto porque as teias protegem fisicamente os ovos, as caças e mesmo a própria aranha e, hipoteticamente, também contra possíveis ataques contra ataques biológicos. Com a hipótese elaborada eu pude iniciar a metodologia laboratorial de identificar, isolar e caracterizar estas novas drogas. A amostra foi fracionada pelo processo de purificação chamado Cromatografia Líquida de Alta eficiência (CLAE). Com estas frações, testes antimicrobianos com bactérias, fungos, vírus e células cancerígenas foram feitos. Os resultados obtidos foram 11 frações com atividade antimicrobiana. Entre estas, duas frações de massas 1338Da e 1193.5Da (baixo peso molecular), apresentaram caráter peptídico e foram seqüenciadas. Estas duas apresentaram atividade com baixa concentração contra oito fungos resistentes, mostrando, ainda, nula a atividade citotóxica em cultura celular de rim de boi. A sequência parcial de ambas moléculas foi adquirida caracterizando como moléculas inéditas de acordo com banco de dados de proteínas, BLAST. Testes antivirais foram feitos e não demonstraram atividade antiviral. Testes cancerígenos já estão em andamento.