PROJETOS

AMIGA TERAPEUTA NO TRATAMENTO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES

Alunas: Bianca Spina Papaleo.
Pesquisador colaborador: Dra. Ana Paula Gonzaga - CEPPAN e PROTAD – HC da USP.
Profa. colaborador: Rita Maria Saraiva de Barros.
Profa. Co-orientadora: Sandra M. R. Tonidandel.
Ano: 2010.

Premiações

 

Descrição

Os transtornos alimentares (TA’s) existem desde a idade média e têm origem na mística religiosa. Cada vez mais, os TA’s aparecem tendo em vista a mudança do padrão de beleza e os valores da sociedade que valorizam o corpo magro, livre de falhas. Pensando nisso, fizemos um trabalho que consiste em duas etapas, sendo a primeira a identificação de padrões que se repetem na vida e na personalidade de pacientes de TA’s e identificação de alunos com transtornos no Colégio, e a segunda (e maior objetivo do trabalho), a procura de uma forma de tornar mais eficaz o tratamento de TA’s em adolescentes. Acreditamos que esse tratamento se tornaria mais eficaz, pelo uso de aproximação entre adolescentes sadios e adolescentes com TA’s. Os adolescentes sadios seriam “Amigos Terapeutas” e ajudariam no tratamento, criando um vínculo com os pacientes. A importância do vínculo seria minimizar a solidão e depressão dos pacientes, que tendem a se retrair, afastando-se dos amigos por diversos motivos. Na 1ª Etapa, foram elaborados questionários, que foram respondidos pelos alunos, do Ensino Fundamental e 1ªs e 2ªs séries do EM do colégio (idades entre 14 a 17 anos), com o intuito de identificar possíveis casos de TAs. Por meio desse questionário foram analisados e comparados padrões de personalidade e estilo de vida dos alunos. Fizemos ainda, uma análise dos resultados, comparando a busca pela perfeição com sua incidência em filhos únicos/primogênitos e a pressão que exercem sobre si mesmos, com o grau de insatisfação com o corpo, comparado também com o IMC e com a prática ou não de dietas radicais/jejuns. Com base nos resultados obtidos, obtivemos evidências que o perfeccionismo é um padrão na personalidade da maioria dos adolescentes que têm probabilidade média ou alta de desenvolverem TA’s. Discutimos diferentes maneiras de conscientizar pais, alunos, funcionários e professores do Colégio acerca do tema, com palestras e treinamentos, trabalhando sempre pelo lado do saudável e não da doença. Dando continuidade à 2ª Etapa, desejamos participar de grupos terapêuticos de adolescentes e introduzir o Amigo/a Terapeuta. Conversaremos com meninas que tenham TA’S e avaliaremos a eficácia dessas conversas no tratamento.